Torre de energia em Maracanaú é alvo de tentativa de explosão nesta segunda-feira (1º)
Segundo a PM, um artefato chegou a explodir no Conjunto Jereissati III, mas não atingiu a torre
Uma torre de energia da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), no Conjunto Jereissati III, em Maracanaú, sofreu uma tentativa de explosão na noite desta segunda-feira (1º).
Segundo o tenente-coronel da Polícia Militar Valderto, um artefato explodiu próximo à torre, que fica às margens da CE-060, mas não a atingiu. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foi acionado para recolher o explosivo.
Outras duas torres da Chesf também foram alvos de explosões na Rua Júlio Brígido, no Bairro Pici, em Fortaleza, também na noite desta segunda. De acordo com a Polícia Militar, dois artefatos explodiram no local e um terceiro foi recolhido pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).
No ataque de Maracanaú, um agente da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) que estava acompanhando a ocorrência disse que no local existem quatro torres de energia e os criminosos colocaram explosivos em duas delas. Já o outro artefato, que não detonou, foi retirado pelo Gate.
Um trecho da CE-060 próximo ao anel viário, que dá acesso à Av. B, no Conjunto Jereissati, ficou interditado por causa da explosão. Ainda conforme o tenente-coronel Valderto, a polícia está em buscas dos suspeitos, mas até a publicação niguém havia sido capturado.
Ataques no Ceará
O Ceará passou por uma onda de ataques criminosos durante o mês de janeiro, com início no dia 2. Chefes de facções criminosas ordenaram, de dentro de presídios, que uma série de atos fossem cometidos no estado.
Até o dia 8 de fevereiro, foram registrados pelo menos 261 ataques contra ônibus, carros, prédios públicos, prefeituras e estabelecimentos comerciais em 50 dos 184 municípios cearenses.
A grande quantidade de ações criminosas fez o governador Camilo Santana pedir ajuda da Força Nacional e o Estado recebeu um efetivo de 400 agentes, que reforçam o patrulhamento de vias e ações de inteligência no estado.
Áudios compartilhados entre membros de facções do Ceará revelaram que as ordens para as ações teriam partido de presidiários. As mensagens chegaram até as autoridades após a apreensão de 407 aparelhos de celulares nas unidades prisionais do estado, no dia 6 de janeiro.
Após 26 dias seguidos de ataques criminosos no Estado, as ações diminuíram e o último ataque foi registrado no dia 4 de fevereiro, quando um caminhão de trigo foi incendiado.
Pelo menos 461 pessoas foram detidas por envolvimento nas ações criminosas, conforme a Secretaria da Segurança Pública do Ceará.