Suspeitos invadem associação em Fortaleza, roubam celulares e espancam advogada do local

A profissional recebeu tapas, chutes e foi amordaçada por dois homens

Escrito por Beatriz Irineu , beatriz.irineu@svm.com.br
Foto da fachada de Acedh
Legenda: Suspeitos invadiram a Acedh na última terça-feira (28)
Foto: Arquivo pessoal

A Associação Cearense de Diabéticos e Hipertensos (Acedh) foi invadida por dois suspeitos e teve celulares e documentos roubados. A advogada do local, cuja identidade será preservada, foi espancada com tapas e chutes. O caso ocorreu na última terça-feira (28), no bairro Jardim América, em Fortaleza, sede da instituição. O caso está a cargo do 11º Distrito Policial. 

"A gente tem uma porta aberta, um espaço livre na associação para atender a todos, a gente não tem inspeção. Eles [os suspeitos] entraram na associação, a advogada estava na antessala e eles renderam a advogada. Amordaçaram ela, colocaram ela em uma sala e bateram nela", descreveu a presidente da Acedh, Natasha Alencar, ao Diário do Nordeste.

Ainda conforme Natasha os suspeitos "queriam que ela desse alguma quantia em dinheiro". "Como somos uma associação, a gente não tem dinheiro guardado", revelou.

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A partir da negativa de que não havia dinheiro em espéciena unidade, os suspeitos começaram a exigir que a advogada abrisse o aplicativo da conta bancária pessoal dela. "Ela abriu, eles viram que ela não tinha dinheiro e por conta disso, acreditamos que eles queriam, de alguma forma, tirar algum dinheiro de dentro da associação, e eles não viram que não tinha nada de valor, e então, eles quiseram tentar levar ela para um suposto sequestro relâmpago", revelou. 

Contudo, a ação foi impedida devido a uma gravação de podcast que ocorrida no segundo andar da instituição. Natasha narrou que os suspeitos perceberam a movimentação de pessoas e se evadiram do local levando dois aparelhos celulares e documentos. 

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social informou que investiga um crime roubo.

Golpes com celular de advogada

Um dos aparelhos subtraídos pelos suspeitos é utilizado apenas para pesquisa, e veio dos Estados Unidos.  Já o outro celular é o pessoal da advogada. Segundo Natasha, os suspeitos seguem utilizando o aparelho para proferir ameaças aos funcionários e aplicar golpes. 

"Ficaram até uma hora 1h da manhã mandando ameaças para as pessoas da associação que tinha no celular dela, para familiares", revelou. 

A presidente do local ainda apontou que já foi solicitado o valor de R$ 1 mil a clientes da advogada e encontros presenciais. "Pessoas já depositaram dinheiro pra eles. Até onde nós sabemos, [uma pessoa] já depositou 500 reais. Ontem [quarta-feira (29)],  já entraram em contato com uma pessoa, uma cliente dela, querendo marcar um encontro", disse.  

A vítima presta depoimento na tarde desta quinta-feira (30) no 11º Distrito Policial.

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