Soldado é suspeito de abuso sexual contra adolescente e outros três PMs de violência doméstica no CE
A CGD abriu investigações administrativas contra 8 policiais estaduais. Um delegado da Polícia Civil é suspeito de cárcere privado
A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD) abriu investigações administrativas contra 8 policiais estaduais, por crimes como abuso sexual, violência doméstica, cárcere privado e lesão corporal. As portarias foram publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE) da última segunda-feira (19).
Um soldado da Polícia Militar do Ceará (PMCE) é suspeito de abuso sexual contra uma adolescente de 12 anos. "O policial militar teria tocado suas partes íntimas por cima da roupa e lhe mostrado vídeos de pornografia, tendo ainda a ameaçado de morte caso contasse para alguém", aponta o documento.
Outros 3 PMs, alvos de processos administrativos-disciplinares, são suspeitos de violência doméstica. Um capitão da Polícia Militar teria praticado agressões verbais e físicas contra a companheira e uma enteada, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) no último dia 3 de outubro. Depois, a Polícia ainda recebeu a informação de que o oficial teria abusado sexualmente de outra enteada.
Um cabo PM teria agredido fisicamente, com socos e empurrões, a ex-companheira, também em Caucaia, no dia 23 de julho deste ano. E outro cabo PM teria agredido e ameaçado sua esposa, na Prainha, em Aquiraz, no dia 18 de setembro último.
Delegado é suspeito de cárcere privado
Um delegado da Polícia Civil do Ceará (PC-CE) também passou a ser investigado na CGD por violência contra a mulher. O agente de segurança teria privado a liberdade da companheira, mediante cárcere privado, "bem como ofendeu a integridade física desta e ameaçou causar-lhe mal injusto e grave", relata a Controladoria. O caso aconteceu no dia 4 de outubro de 2020, no Município do Crato, na Região do Cariri.
Três policiais penais são investigados
A Controladoria Geral de Disciplina também abriu investigações contra três policiais penais. Um deles foi denunciado por um preso por agressão física, que teria ocorrido no Centro de Detenção Provisória (CDP), em Aquiraz, no dia 16 de abril deste ano. O laudo pericial comprovou as lesões corporais.
Outro policial penal responderá a um Processo Administrativo Disciplinar por ter uma arma de fogo, registrada no nome dele, apreendida com um adolescente infrator, suspeito de atirar contra uma composição da Polícia Civil. O servidor não registrou roubo ou furto do armamento, antes da apreensão, segundo a publicação no DOE.
O terceiro policial penal irá responder por abandono de cargo, já que "os relatórios de frequência digital dos meses de abril a agosto do ano de 2022, não possuem registro de ponto digital do referido servidor", descreve a CGD. Antes, entre janeiro e março deste ano, ele estava afastado por motivo de saúde.