Quadrilha suspeita de aplicar golpe do 'consórcio premiado' é presa no bairro Aldeota, em Fortaleza
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, o grupo captava clientes por meio de um aplicativo das redes sociais
A Polícia Civil divulgou nesta quarta-feira (25) a prisão de uma quadrilha suspeita de aplicar o golpe do falso consórcio premiado. Os cinco homens e as três mulheres, integrantes de uma mesma empresa, foram capturados em flagrante na segunda-feira (23), no bairro Aldeota, em Fortaleza.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, o grupo captava clientes por meio de um aplicativo das redes sociais.
Na ofensiva, foram apreendidos notebooks, tablets, celulares, documentações de terceiros, diversos contratos e anotações de como aplicar o golpe.
O trabalho coordenado pela Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) começou há quase seis meses, quando os policiais civis foram procurados por quase 30 vítimas, que relataram o crime por meio de Boletins de Ocorrência (B.O).
Conforme a Polícia Civil, a empresa captava clientes pela internet com a promessa de facilitar, e por um valor mais acessível, a contemplação de uma carta de crédito para compra de um carro zero.
O esquema
As vítimas eram ludibriadas por meio de um anúncio pela internet, depois iam pessoalmente até a empresa, situada no bairro Aldeota, e lá eram recebidos por uma equipe bastante treinada.
Na ocasião, as vítimas eram informadas que deveriam pagar 20% do valor geral da carta crédito que eles gostariam de obter para a compra do veículo.
Depois do pagamento efetuado, aguardavam até uma semana para serem contempladas e só então, após esse período, descobriram que tinham contratado um consórcio, ficando assim sem o crédito prometido e com a obrigação de pagar altas parcelas.
Investigações
Com base nas informações gerais, as equipes se deslocaram, na segunda-feira (23), até o local alvo das investigações e já se depararam com uma equipe de oito pessoas, treinando novas pessoas para aplicarem o golpe.
Os suspeitos foram identificados como Cláudio Henrique Farias Lima, 41; Derek Alvez Ribeiro, 25; Erika Abreu Silva, 20; Felismina Maria Silveira, 21; João Victor da Cunha Oliveira, 18; Jurandi Perote de Sousa Junior, 22; Léo Holanda de Oliveira e Thifany Brasil da Costa, 22.
Autuações
O bando, que não reagiu à ofensiva e não tinha antecedentes criminais, foi conduzido à DDF, onde os suspeitos foram autuados em flagrante por organização criminosa, estelionato e falsidade ideológica.
Com eles foram apreendidos dez celulares, computadores, um notebook, um tablet, além de cadernos com anotações e contratos, possivelmente assinados pelas vítimas.
As investigações e diligências continuam, a fim de localizar e prender o proprietário da empresa identificado como Antônio Alves da Silva Filho, 26.