Polícia Civil prende 22 pessoas no CE nesta segunda em operação que combate crimes contra a mulher

Ação é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e ocorre em 26 estados e no Distrito Federal

Escrito por Redação ,
Polícia Civil prende homem
Legenda: Ao longo desta segunda, diversos mandados de prisão serão cumpridos em território cearense.
Foto: divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil do Ceará (PCCE) prendeu, nesta segunda-feira (8), Dia da Mulher, 22 pessoas no âmbito da Operação Resguardo, maior ação contra crimes de violência contra a mulher no País. Os mandados de prisão foram cumpridos pelo menos nos municípios de Fortaleza, Caucaia, Juazeiro do Norte e Brejo Santo. 

No Ceará, foram checadas e apuradas 1,7 mil denúncias, as quais resultaram, em todo o período, em 225 prisões e 1.060 procedimentos como inquéritos, Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs), flagrantes e Boletins de Ocorrência (BOs), além de 4.246 vítimas atendidas. "Os números também são muito elevados no contexto nacional", analisou o delegado geral da PCCE, Marcus Rattacaso, sobre a parcela que diz respeito ao Estado, classificando os resultados como "bastante satisfatórios". 

Ele também destacou que, em todo o País, foram cumpridos pelo menos 1.456 mandados de prisão desde o início da operação, resultando em mais de 8,2 mil pessoas presas. A Polícia apurou mais de 45 mil denúncias em 1.832 municípios, o que levou a mais de 55 mil procedimentos instaurados. A ação, que ocorre em todos os estados da federação e no Distrito Federal, é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi/MJSP).

A delegada Rena Gomes, diretora do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV) da PCCE, afirmou que a operação teve como recorte de violência doméstica e familiar contra a mulher, mas também a questão da violência de gênero e da violência sexual. "Nós startamos diversas ações de proteção à mulher e também culminando na participação nessa operação nacional", afirmou, incluindo que houve 1.069 inquéritos realizados e 33 armas apreendidas.

A diretora do DPGV também frisou que, no início de 2020, o número de casos de violência denunciados em delegacias teve uma diminuição, mas percebeu o aumento de ocorrências durante o isolamento social. Com o aumento nas taxas, a Polícia Civil dispôs a elaboração de Boletins de Ocorrência através da Delegacia Eletrônica, bem como regularizou o comparecimento de mulheres às delegacias.

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"Se a vítima necessitar de uma solicitação de uma medida protetiva de urgência, ela deverá comparecer às Delegacias de Defesa da Mulher, onde tiver, ou Delegacias da Polícia Civil para fazer representação pela medida protetiva", indicou. Além de medidas protetivas, os casos podem acarretar outros procedimentos, como inquérito,prisão preventiva e até mesmo em flagrante.

 

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