PM acusado de matar vizinho adolescente tem júri marcado no Ceará
O crime aconteceu no ano de 2021. Outra pessoa também ficou ferida
O subtenente da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Reginaldo Alves da Silva, irá, em breve, sentar no banco dos réus. O julgamento contra o policial acusado por assassinar um jovem está agendado para acontecer no próximo dia 19 de junho, no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza.
O Tribunal do Júri deve começar às 8h30, na 2ª Vara do Júri de Fortaleza. Anteriormente, a sessão estava programada para o dia 24 de abril de 2024, mas foi adiada a pedido da defesa, que alegou não ter ainda acesso nos autos às mídias referentes ao laudo pericial.
A acusação concordou com o pedido, "visando evitar possível nulidade absoluta". O subtenente segue detido no presídio militar, desde o ano de 2021, data do crime.
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VÍTIMA ERA VIZINHO DO PM
O homicídio aconteceu no bairro Paupina, em Fortaleza. A vítima, Diogo Lima dos Santos, tinha 18 anos e era vizinho de Reginaldo Alves. Outro jovem ficou ferido devido aos disparos, mas sobreviveu.
Diogo estava chegando em casa quando foi assassinado
"As vítimas logo disseram que iriam apenas pegar um documento para Diogo de um jogo de bola. As vítimas levantaram a camisa para mostrar que não possuíam armas. As vítimas já estavam saindo do local, oportunidade em que o acusado simplesmente disparou contra as vítimas, atingindo fatalmente Diogo"
Em dezembro de 2021, o Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou o PM. Na acusação, o órgão expôs que o acusado teria alegado legítima defesa, mas que "a versão do policial não se sustenta na prova até então produzida: as vítimas disseram o motivo pelo qual estavam no local e levantaram a camisa para mostrar que estavam desarmadas".
Quando policiais militares em serviço chegaram para atender a ocorrência, o suspeito teria ameaçado se matar, mas depois se entregou, enquanto vestia um colete balístico.
Populares chegaram a contar que o subtenente era conhecido como 'valentão' na rua e já teria tentado cometer outros homicídios. "O acusado cometeu crime por motivo torpe, eis que decidiu que as vítimas se pareciam com criminosos sem direito de viver", acrescentou o MP na denúncia.