Novo vídeo mostra advogado agredindo empresária dentro de carro em condomínio de luxo

Aldemir Pessoa Júnior se tornou suspeito de matar a empresária Jamile de Oliveira Correia, após o caso ser considerado como um suicídio

Escrito por
Emerson Rodrigues/ Messias Borges producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 11:58, em 04 de Fevereiro de 2020)

Um novo vídeo obtido pelo Sistema Verdes Mares, nesta terça-feira (17), mostra o  advogado Aldemir Pessoa Júnior agredindo a namorada, a empresária Jamile de Oliveira Correia, dentro de um carro, na chegada ao apartamento onde moravam,em um condomínio de luxo no bairro Meireles, em Fortaleza. A mulher foi baleada horas depois e morreu no dia seguinte. A suspeita inicial de suicídio teve uma reviravolta, com a investigação da Polícia Civil.

Nas imagens, o suspeito faz movimentos bruscos contra a companheira, antes de estacionar o veículo, na noite de 29 de agosto deste ano. Em seguida, a mulher corre e entra em um elevador sozinha. O homem aparece logo depois, mas não chega a tempo de pegar o mesmo elevador.

Outro vídeo, divulgado também com exclusividade pelo Sistema Verdes Mares, mostrava que Jamile Correia foi baleada no peito, em casa, minutos depois. Aldemir Júnior, com ajuda de um filho adolescente da mulher, colocou Jamile no elevador e a levou para o Instituto Doutor José Frota (IJF), onde informou que ela tinha tentado suicídio. A mulher ficou sozinha no hospital até a noite do dia 30 de agosto último e morreu na manhã do dia seguinte.

O caso considerado como um suicídio começou a mudar de rumo nas apurações do 2º DP (Aldeota), da Polícia Civil. O depoimento do advogado não convenceu os investigadores. Aldemir contou que ele e o adolescente tentaram evitar o disparo, mas a trajetória da bala no corpo de Jamile não condiz com o relato do suspeito, de acordo com o laudo cadavérico, segundo uma fonte (identidade preservada). Na última sexta-feira (13), ele foi apontado como suspeito de ser o autor do feminicídio. A arma, que teria sido usada na morte, foi apreendida.

A delegada Socorro Portela e o delegado Felipe Porto, responsáveis pela investigação, não quiseram dar entrevista nem fornecer detalhes do caso. A Polícia Civil informou, em nota, que o caso está em andamento e não vai se pronunciar para não comprometer o trabalho policial.

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