Helicópteros alemães vão reforçar a Ciopaer

Escrito por Redação ,
Os aparelhos possuem tecnologia avançada e uma delas atuará como a primeira UTI médica pública do Brasil

A Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) receberá até o fim deste mês três novas aeronaves. Os helicópteros são bimotores, com capacidade para 11 ocupantes, sendo piloto, copiloto e nove tripulantes. As novas aeronaves são modelo EC-145, de fabricação alemã.

Os novos helicópteros da Ciopaer são do modelo EC-145, fabricados na Alemanha. As aeronaves moderníssimas possuem autonomia de voo de três horas e meia e transportam 11 pessoas. Ontem, uma delas foi apresentada FOTO: NATINHO RODRIGUES

O comandante da Ciopaer, coronel PM Nirvando Monteiro, ressaltou que os novos helicópteros vão melhorar em mais de três vezes a resposta no atendimento à sociedade cearense.

Além disso, a Ciopaer passa a contar com sete aeronaves. Da atual frota, modelo AS-350, Esquilo, duas estão em manutenção. A aeronave mais velha tem 33 anos e passou por recente revisão. No momento, o ´Fênix´ 01 está em operação na região dos Inhamuns. As antigas aeronaves têm capacidade para transportar dois pilotos e mais três tripulantes.

Tecnologia

Atualmente, a Polícia do Maranhão e da Bahia contam com aeronaves da Eurocopter, no entanto as três adquiridas pelo Governo do Ceará são as que contam com as mais avançadas tecnologias embarcadas no Brasil. "Acredito que seja até a mais avançada da América do Sul", disse o coronel Monteiro. Entre a tecnologia está a de equipamentos de socorro, que transformará uma das aeronaves na única UTI aérea pública do Brasil. Monteiro informou que o equipamento conta com 35 ítens de atendimento de urgência, no entanto comente sete desses têm registro nos órgãos competentes ligados à saúde. "Logo que os demais ítens forem registrados no Ministério da Saúde e Anvisa, a aeronave entre em operação", assegurou, acrescentando que os procedimentos devem ser concluídos antes do fim deste mês.

Os novos helicópteros proporcionam o atendimento 24 horas. Os mais antigos tinham limitações nos voos noturnos. Outra vantagem é o uso de equipamentos que permitem a visualização do alvo a uma distância de 10 quilômetros. Isso graças ao mais avançado modelo de radar de busca, inclusive meteorológica.

A autonomia de cada aeronave é de três horas e 30 minutos de voo, que permite o deslocamento da Capital até à área de divisa mais distante. "Obviamente que para retornar é preciso reabastecer", salientou o comandante da Ciopaer.

Grego

O coronel Nirvando Monteiro está na Ciopaer desde a criação, em 1995, quando a denominação era outra. Ficou até 2001, tendo voltou a trabalhar em outros batalhões, principalmente o BPChoque. Em janeiro de 2007, retornou e ao ver a situação das aeronaves e da estrutura do prédio onde funcionaria a Coordenadoria, teve a certeza de recebera um "presente grego".

Em menos de um ano, a situação da Ciopaer era outra. Por conta disso, as aeronaves, antes chamadas de Águia, receberam a denominação de Fênix, pois, literalmente, renasceram das cinzas. De janeiro a julho deste ano, a Ciopaer participou de 1.484 missões. Desde a criação, são mais de 15 mil.

Após a apresentação feita pelo coronel Nirvando Monteiro, os jornalistas presentes à entrevistas coletiva foram convidados para sobrevoo na Capital.

FERNANDO BARBOSA
REPÓRTER