Acusados de matar instrutor de surf e avô viram réus e têm prisões preventivas decretadas

Quatro réus já estão presos, mas um está solto, após ter se apresentado à Polícia Civil e prestado depoimento

Escrito por Redação ,
Davi Sabino tinha 22 anos, era instrutor de surf e estaria na casa do avô para ajudar no cadastro de vacinação contra a Covid-19
Legenda: Davi Sabino tinha 22 anos, era instrutor de surf e estaria na casa do avô para ajudar no cadastro de vacinação contra a Covid-19
Foto: Reprodução

A Justiça Estadual aceitou a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE) contra os acusados de matar o instrutor de surf Davi Silva Sabino, de 22 anos, e o avô dele, Francisco Alexandre Filho, 70, e ainda decretou a prisão preventiva dos cinco homens. Com a decisão, eles viraram réus pelo duplo homicídio.

O juiz da 3ª Vara do Júri de Fortaleza considerou, na última quinta-feira (5), que, na denúncia do MPCE, podem ser observadas "a qualificação dos acusados, a exposição do fato criminoso, narrado circunstanciadamente, a classificação dos crimes, e finalmente o rol de testemunhas". O magistrado ordenou a citação dos réus, para apresentarem Resposta à Acusação.

Os representados possuem histórico criminal e integram organização criminosa ficando evidenciado que sua liberdade representa perigo a sociedade, constituindo-se seu encarceramento meio necessários para resguardar a ordem pública que se encontra ameaçada com à vilania de seus comportamento.
Juiz da 3ª Vara do Júri
Na decisão

Caio de Lima Gois, o 'Layon'; Claudiano Severino de Arruda, o 'Sete'; Jefferson Rodrigues de Brito, o 'Natal'; João Vinícius Barros da Silva; e Lucas Clemente de Sousa, o 'Grande', viraram réus por homicídio qualificado (com as qualificadoras de motivo torpe e uso de meio que dificultou a defesa das vítimas) e organização criminosa. Jefferson ainda virou réu por uso de documento público falso. As defesas dos acusados não foram localizadas pela reportagem.

Os quatro primeiros acusados foram presos em flagrante, nas horas seguintes aos assassinatos, enquanto 'Grande' está solto, após ter se apresentado à Polícia Civil do Ceará (PCCE) e prestado depoimento. Até a decisão da Justiça que aceitou a denúncia, não havia mandado de prisão contra ele.

Mortos com 25 tiros

O instrutor de surf Davi Silva Sabino e avô Francisco Alexandre Filho foram assassinados com um total de 25 tiros, dentro da residência da família, no bairro Varjota, em Fortaleza, no último dia 23 de abril. A informação foi obtida conforme laudos elaborados pela Perícia Forense do Ceará (Pefoce).

Segundo a denúncia do MPCE e a investigação da Polícia Civil, o duplo homicídio foi motivado pela guerra entre duas facções criminosas pelo domínio do território para o tráfico de drogas, na Capital. Entretanto, o alvos dos criminosos era outro homem, o tio de Davi Sabino e filho de Francisco Alexandre Filho. 

O alvo da ação criminosa havia acabado de deixar o presídio - após cinco anos preso por roubo - e estava na mesma residência dos familiares mortos, mas conseguiu fugir, deixando o aparelho celular para trás - que terminou apreendido pela Polícia. Ele é suspeito de integrar uma facção criminosa carioca e de tentar matar um rival, de uma facção cearense, no dia 11 de abril deste ano.

Na madrugada de 23 de abril, veio a retaliação: os criminosos arrombaram o portão da residência, localizada na Rua Dom Amaro, no bairro Varjota, e efetuaram dezenas de tiros. As vítimas não teriam relação com a criminalidade, e o instrutor de surf estaria na casa dos avós idosos para ajudar no cadastro dos mesmos na vacinação contra a Covid-19.

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