Acusado de matar ex-companheira em Fortaleza por não aceitar fim do namoro é preso após 9 meses
Acusado de feminicídio foi detido na posse de drogas. As investigações policiais apontam que ele integra uma facção criminosa carioca
Nove meses após o assassinato da estudante Bárbara Hellen Costa de Almeida Bessa, aos 25 anos, em Fortaleza, a Polícia Civil do Ceará (PC-CE) localizou o acusado pelo crime. Álef Maciel Lopes, conhecido como 'DJ', 30, foi preso em uma residência no bairro Jardim Iracema, na última quarta-feira (17), na posse de drogas.
"A Polícia obteve informações de onde ele estaria e foi ao local. O Álef foi encontrado em uma residência no Jardim Iracema, com 1kg maconha, 128 gramas de cocaína e uma balança de precisão. Ao ver a equipe policial, ele tentou fugir, mas foi capturado", contou a titular da 4ª Delegacia do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Érika Moura.
Além do cumprimento do mandado de prisão por homicídio, Álef Maciel foi autuado em flagrante, no DHPP, por tráfico de drogas. Segundo as investigações policiais, ele integra uma facção criminosa carioca e tem antecedentes criminais por roubo, furto e tráfico de drogas.
A delegada revelou que, durante esses 9 meses, a 4ª Delegacia do DHPP procurou por 'DJ' em vários bairros de Fortaleza e de Caucaia, além de receber informações de que ele poderia estar em outros estados.
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Como aconteceu o feminicídio
Bárbara Hellen Costa de Almeida Bessa foi assassinada a tiros, na saída de uma festa, no Centro de Fortaleza, na noite de 15 de abril de 2023. A vítima deixou três filhos (nenhum é filho do acusado). Desde o início, a suspeita da autoria do crime recaiu sobre o ex-companheiro da estudante, Álef Maciel Lopes, segundo a delegada Érika Moura.
O Álef não aceitava o término do namoro de um ano e meio. Ele já tinha feito ameaças à Bárbara, e os amigos dela sabiam disso. Enquanto namoravam, apesar de não ter denunciado, ela também vivia uma situação de violência doméstica."
Álef Maciel já foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, mediante recurso que dificultou a defesa e por feminicídio). A denúncia já foi recebida pela 1ª Vara do Júri de Fortaleza, e o acusado virou réu no processo. Se condenado pelo crime, a pena pode variar de 12 a 30 anos de prisão.
Um amigo de Álef, identificado como Daniel José Sousa de Lima, também foi denunciado pelo MPCE, pelo crime de favorecimento pessoal, em razão de auxiliar o suspeito na fuga. Daniel também virou réu pelo crime, que tem pena prevista de 1 a 6 meses.