FAB ainda não descobriu causas da pane de 'Aerolula' e avião segue no México, diz colunista
Aeronave apresentou problemas em um dos motores logo após a decolagem e pilotos retornaram ao aeroporto Felipe Angeles
A Força Aérea Brasileira (FAB) afirmou que ainda não sabe o que motivou a pane em um dos motores do avião presidencial, o chamado "Aerolula", no último dia 1º de outubro. A aeronave continua parada na Cidade do México, três semanas após o problema técnico. As informações foram divulgadas pela coluna Radar, da revista Veja.
Uma equipe de investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, o Cenipa, esteve no México para extração e análise dos dados do voo.
"A investigação da ocorrência aeronáutica segue em andamento e não há prazo para conclusão do relatório, pois depende da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes", informou a FAB à coluna.
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Relembre o caso
Em viagem de retorno do México ao Brasil, o VC-1 da FAB apresentou problemas técnicos logo após a decolagem e foi substituído para o translado do presidente e sua comitiva. Antes disso, a aeronave precisou ter o tanque esvaziado em sobrevoos próximos do aeroporto Felipe Angeles, na Cidade do México, para receber autorização de pouso.
Ao todo, 16 pessoas estavam no avião principal, incluindo Lula e a primeira-dama, Janja da Silva. O VC-1 voou em círculos a uma altitude média de cerca de 3,8 mil metros do solo por mais de 4 horas antes de pousar.
Considerado comum no contexto da aviação, o sobrevoo consiste em uma série de voltas para gastar querosene, garantindo a segurança de um pouso que não estava programado. Isso ocorre porque a aeronave decola pesada por conta do combustível, e o tanque precisa ser esvaziado para que o peso seja reduzido.
O pouso tipo "overweight", quando a aeronave está acima do recomendado, pode provocar enrugamento de chapas e painéis devido ao movimento de flexão das asas cheias de combustível no momento do toque "duro" na pista.
Modelo de 2005
O modelo do VC-1 é utilizado pelo governo brasileiro desde 2005. A aeronave teve custo de R$ 500 milhões e comporta até 45 passageiros, possuindo autonomia de 11 mil quilômetros.
O avião pesa cerca de 50 toneladas e pode atingir velocidade de aproximadamente 828 km/h.