No Senado, Paulo Guedes reforça intenção de adiantar o 13° salário para idosos e pensionistas
O ministro da Economia disse que, caso o Orçamento seja aprovado, o governo realiza imediatamente a antecipação; votação será nesta quinta no Congresso
O ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçou, nesta quinta-feira (25), em reunião com senadores, a intenção do governo federal de antecipar o décimo terceiro salário para idosos e pensionistas em meio à pandemia. O pagamento será possível caso o Orçamento 2021 seja aprovado pelo Congresso Nacional. A votação do projeto de lei está marcada para a tarde desta quinta.
Guedes participou de audiência pública virtual da Comissão Temporária que trata da Covid-19 no Senado Federal. Na ocasião, ele falou sobre as medidas que vem sendo adotadas pelo governo federal no combate a pandemia, dentre elas o retorno do auxílio emergencial e a intenção de antecipar o 13° salário.
"Vamos proteger os mais vulneráveis na segunda grande guerra contra o coronavírus", assinalou. "Tivemos equilíbrio e seriedade da nossa geração de pagar pelas próprias guerras", complementou o ministro.
Guedes reforçou que a antecipação imediata poderá ocorrer apenas se os parlamentares federais aprovarem o Orçamento, o que irá assegurar mais R$ 50 bilhões sem impacto fiscal.
"Segunda grande guerra" contra pandemia
Durante a audiência, Guedes sustentou ainda que o governo vinha enfrentando com sucesso a "primeira grande guerra" - ou seja, a primeira onda da pandemia -, citando indicadores que mostravam "certo vigor" da economia, como o recorde de arrecadação de impostos em fevereiro a criação de 260 mil vagas de trabalho em janeiro e resultados de atividade acima do esperado.
"É como se estivéssemos chegando ao fim da primeira grande guerra contra o vírus quando uma nova variante surge e as mortes disparam", disse Guedes. "Essa segunda grande guerra começa com muito mais mortes e intensidade", complementou.
O comandante da equipe econômica destacou que a resposta do governo foi repetir a receita do ano passado, com o relançamento do auxílio emergencial como forma de proteger as camadas mais vulneráveis, mas, ao mesmo tempo, com um marco fiscal que trava despesas se os gastos públicos seguirem subindo.
O ministro observou que a economia brasileira corria o risco de desorganização, o que seria um "golpe de morte" para o País, se o auxílio fosse lançado sem o limite de R$ 44 bilhões e sem sacrifícios como o congelamento dos reajustes de servidores.