É preciso discutir critérios de distribuição
Para Alberto Rollo, vice-presidente da Comissão de Direito Eleitoral da Seção Paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) e professor de Direito Eleitoral da Universidade Presbiteriana Mackenzie, na primeira eleição com financiamento público, ficou clara a dependência de partidos em relação ao Fundo Eleitoral. "A arrecadação de pessoa física foi mínima, e o financiamento coletivo também", observa.
>> Candidaturas têm desempenho fraco apesar de recursos
Contrário à criação do Fundo Eleitoral, o especialista afirma, porém, que o eleitorado dá sinais de maturidade para ajudar a financiar campanhas. "Precisamos conscientizar o cidadão disso", diz.
Enquanto isso não ocorre, ele defende que é preciso diminuir o poder dos caciques partidários na distribuição de recursos. "Houve muitas reclamações que o dinheiro foi dado aos partidos pelo TSE e a legenda distribuiu de acordo com seus critérios", declara. Para Alberto Rollo, o ideal é que a distribuição seja igualitária entre os candidatos, já que se trata de dinheiro público.