Fortaleza supera meta milionária de vendas de atletas em 2025; veja valores

O clube negociou a saída de oito atletas em definitivo até agora

Escrito por
Alexandre Mota alexandre.mota@svm.com.br
Legenda: Gustavo Mancha foi um dos destaques do Fortaleza na temporada de 2025
Foto: João Moura / Fortaleza

A diretoria do Fortaleza superou uma meta financeira importante prevista no orçamento de 2025: a arrecadação milionária com a venda de direitos econômicos do elenco. O clube traçou como objetivo embolsar R$ 44 milhões com as negociações dos ativos, mas o número já foi atingido.

Na atual temporada, a agremiação acertou as saídas em definitivo de oito peças. A última foi o zagueiro Gustavo Mancha, que se transferiu para o Olympiacos, da Grécia, por € 4,5 milhões (aproximadamente R$ 28,3 milhões), além de metas que podem render mais € 500 mil (cerca de R$ 3,1 milhões). Com um passe dividido com o Palmeiras, embolsa R$ 19,8 mi e mantém 15%.

Além disso, o Leão também negociou: o zagueiro Bernardo Schappo ao Estrela Amadora, de Portugal, por US$ 200 mil (cerca de R$ 1 milhão); os meias Amorim ao Alverca, de Portugal, por R$ 2 milhões, e Kervin Andrade para o Maccabi Tel Aviv, de Israel, por € 1,8 milhão (cerca de R$ 11,3 milhões, com o Fortaleza ficando com metade do montante); e os atacantes Dylan Borrero ao América de Cali, da Colômbia, por US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 8 milhões), Renato Kayzer para o Vitória-BA por R$ 5 milhões, Landerson para o Moreirense, de Portugal, por € 1 milhão (cerca de R$ 6,3 milhões, com chance de dobrar esse valor pelo rendimento do atleta) e o centroavante Isaac Gomes, que partiu rumo ao Flamengo por R$ 800 mil.

Dylan Borrero em ação pelo América de Cali, da Colômbia
Legenda: O atacante Dylan Borrero chegou sem custos e foi vendido por cerca de R$ 8 milhões
Foto: divulgação / América de Cali

No geral, somando apenas o que o clube tem confirmado a receber, o total é de R$ 47,5 milhões. Vale ressaltar que o meia Luquinhas, que estava emprestado ao Legia Warszawa, da Polônia, tem negociação avançada com o Antalyaspor, da Turquia, o que pode ampliar o valor, assim como o volante Ryan Guilherme, que foi envolvido em uma transferência para o Cruzeiro.

O montante ainda não foi consolidado pela gestão, pois será acrescido também de parcelas de vendas anteriores que estavam programadas para 2025, a exemplo das operações envolvendo o zagueiro Brayan Ceballos para o New England, dos EUA, e o volante Hércules no Fluminense.

Em tempo: o objetivo das vendas era atingir o total de R$ 44 milhões em caixa apenas com esse tipo de operação, que faz parte do rol de receitas. Logo, o total exato será aferido em dezembro, mas diante de todas as demais negociações, o clube já contestou que o valor foi ultrapassado.

Joias saíram para equilibrar as contas em 2025

O Fortaleza conseguiu vendas positivas em 2025, mas também trabalhou de forma mais permissiva. Isso porque as saídas também tiveram o intuito de equilibrar parte das contas devido ao baixo desempenho esportivo, que afetou objetivos como o avanço na Copa do Brasil.

Apenas no torneio, o Leão projetou ganhar R$ 10,6 milhões ao chegar nas quartas de final, mas foi eliminado de forma precoce na 3ª fase e recebeu apenas R$ 2,3 milhões, consolidando um rombo financeiro de R$ 8,3 milhões dentro do orçamento - receita que foi amenizada com as vendas.

Kervin Andrade em ação pelo Fortaleza
Legenda: O meia Kervin Andrade acumulou 50 jogos pelo profissional do Fortaleza
Foto: Mateus Lotif / Fortaleza

Os acordos mais avaliados foram Gustavo Mancha e Kervin Andrade, tidos como joias da base. O defensor, no entendimento do departamento de futebol, tinha uma proposta irrecusável da Grécia, principalmente pela baixa experiência no profissional e a chance de elevar o montante com metas. A saída então seria inegável, com interesse do staff, mesmo necessitando de uma reposição no mercado para a posição.

No caso do meia venezuelano, as dificuldades de inserção do jovem no time após o trabalho de dois treinadores (Vojvoda e Renato Paiva), e o menor aproveitamento em 2025, se tornando uma das últimas opções para a criação do meio-campo, pesaram na decisão de venda, com o entendimento de que o investimento condiz com o valor de mercado de Kervin no momento. Havia a opção de aguardar o maior desenvolvimento, mas a gestão preferiu a negociação, com manutenção de parte dos direitos econômicos a fim de projetar um retorno de receita no futuro.

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