Período de luta sucessória

Escrito por Mauro Benevides , adv.maurobenevides@gmail.com

Começam a ser vislumbrados os passos iniciais da luta sucessória, com bancadas arregimentadas no Congresso e ministérios recompostos, numa perspectiva inequívoca de que as forças partidárias caminham céleres para acordos basilares de coligações, quando estarão sendo disputados cargos relevantes, a começar pela Presidência da República, governos estaduais, senadores e deputados, em refrega que contagiará todo o eleitorado brasileiro, infenso a qualquer tipo de empecilho, já que, até lá, não mais remanescerá a ação mortífera da pandemia, com o coronavírus expurgado pelas vacinas portentosas, adquiridas de outras nações, sob supervisão da Anvisa e a consequente recuperação de todos quantos foram alcançados, impiedosamente, pelo atual surto viral.

Se é certo que Bolsonaro não esconde a sua intenção de continuar à testa dos destinos nacionais, o governador de São Paulo também coordena grupo político para igual competição, ambos num patamar de evidência constante, aptos a convencer a legitimidade de uma postulação que envolve o interesse nacional. Parlamentares, quer federais ou estaduais, enfileiram-se nesta disputa, pretendendo vagas no Congresso e assembleias, em mobilização que despertará a atenção de toda a massa votante, tanto nas capitais, como nas cidades interioranas.

Na Câmara e no Senado, bem assim, nos legislativos dos estados, os movimentos far-se-ão desde logo, em contatos com todos os segmentos sociais e políticos, em porfias acirradas, à proporção em que se aproximam as batalhas urnísticas de 2022.

Pressupõe-se que os comícios monumentais voltarão para todos os pleiteantes a cargos eletivos, a principiar pelas posições executivas, galvanizadoras das preferências que se desdobram nos quadrantes do vasto território nacional. Como sempre se comenta nos sertões do Nordeste, “vamos ver quem tem roupa na mochila...”

Mauro Benevides
Jornalista e senador constituinte 

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