O novo momento do setor energético no Ceará

Escrito por Luís Carlos Queiroz , sindienergia@sindicato.sfiec.org.br
Luís Carlos Queiroz é presidente do Sindienergia-CE
Legenda: Luís Carlos Queiroz é presidente do Sindienergia-CE

Chegamos a este 29 de maio, Dia Mundial da Energia, em um novo momento do setor energético. Vivemos um período de evidência e ascensão ímpares. Tão cara ao nosso desenvolvimento, a energia está no foco das principais discussões, em âmbito local, nacional e internacional, seja pelos investimentos no setor, pela crescente utilização das fontes renováveis e urgência ambiental da descarbonização, seja pelas críticas e reações aos custos do mercado regulado e suas fontes por vezes limitadas ou onerosas.

Mais do que isso, trazendo a discussão para o âmbito local, é latente o protagonismo experimentado pelo Ceará, demonstrado pelos últimos acontecimentos. Recentemente, o Governo do Estado lançou licitação para obter eletricidade no mercado livre de energia, com o objetivo de reduzir os gastos em cerca de 14%, otimizando a aplicação dos recursos públicos.

Posteriormente, foi anunciado o Plano Estadual de Transição Energética Justa, o Ceará Verde, que moderniza, diversifica e fomenta o setor, preterindo matrizes de alta emissão de carbono e promovendo a geração das fontes renováveis, os biocombustíveis, o hidrogênio verde e seus derivados. O plano tem ainda, como diretriz, a “criação de um ambiente de negócios ágil e seguro”, tornando nosso Estado ainda mais atraente e competitivo para investimentos em fontes renováveis, há muito defendidas por nós.

Por fim, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) lançou, no último dia 23, o Centro de Excelência para Transição Energética, em parceria com Senai e Sesi no Ceará, para contribuir com a produção de energia limpa de fontes renováveis, qualificando profissionais e incentivando, ainda mais, o desenvolvimento dessa cadeia.

Lembrando ainda que o PL 414/2021, que amplia o acesso ao mercado livre de energia para todos os consumidores, inclusive os de baixa tensão (residenciais), segue tramitando na Câmara dos Deputados. Todas essas iniciativas reforçam o fato de que estamos modernizando e evoluindo em nossa forma de lidar e produzir energia. E como é bom testemunhar que, nessa busca por um futuro próspero e sustentável, o nosso Ceará se credencia para ser protagonista.

Luís Carlos Queiroz é presidente do Sindienergia-CE