Maturidade, hora de aprender!

Escrito por Zilma Cavalcante ,

Fazer parte de um grupo de risco e ouvir isso o tempo todo certamente não é uma notícia que nos agrada. A tendência é que muitos idosos reajam das mais diversas formas a este período turbulento que estamos vivendo, com a pandemia do novo coronavírus. Isso inclui principalmente a questão emocional. Mas, nem só de preocupações e ansiedade se resume a vida. Este tem sido, também, um tempo de oportunidades, para se reinventar e descobrir novas formas de se relacionar e aprender.

Pessoalmente, tenho incentivado amigos e alunos a continuar aprendendo, em qualquer circunstância. Ao alimentar o cérebro, preservamos a qualidade da memória e a capacidade de continuarmos inseridos no mundo, porque você se atualiza. É capaz de trocar ideias, conversar e compreender melhor o mundo no qual você está inserido. Se o idoso não estuda, a tendência é ficar dentro da casca do ovo, fechado para o mundo, vendo a vida empobrecer.

Ao estudar, seja numa sala de aula presencial ou virtual, nos alimentamos através do contato social e enriquecemos a vida afetiva. O contato por si só é um estímulo cerebral e afetivo, porque até mesmo num diálogo, há uma interação: você presta atenção no que o outro diz e planeja o que vai dizer.

Aprender coisas novas alimenta a chama interior para o crescimento pessoal e espiritual, e aumenta a autoestima, que é fundamental na velhice, pois nos faz sentir que continuamos crescendo como pessoas.

Mesmo de forma virtual, é possível entrar em contato social, por meio de um curso, de um grupo de WhatsApp ou através de uma ligação. Por isso, não tenham medo de tentar. Experimentem aprender de um jeito novo e sejam surpreendidos pelas infinitas possibilidades que o mundo oferece.

Zilma Cavalcante

Fundadora da Universidade Sem Fronteiras, psicóloga e pedagoga