Março Azul: A Importância da Prevenção ao Câncer de Intestino

Escrito por Juliana Custódio Lima ,
Juliana Custódio Lima é gastroenterologista e endoscopista
Legenda: Juliana Custódio Lima é gastroenterologista e endoscopista

De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil enfrentará entre 2023 e 2025 um aumento significativo nos casos de câncer colorretal, totalizando 45.630 novos casos. Este dado alarmante não deve ser ignorado, pois representa não apenas estatísticas, mas vidas e famílias impactadas. Com um risco estimado de 21,10 casos por 100 mil habitantes, a prevenção torna-se uma ferramenta crucial na luta contra essa doença que afeta indiscriminadamente homens e mulheres, com 21.970 casos esperados entre os primeiros e 23.660 entre as segundas.

A prevenção do câncer de intestino não é apenas uma responsabilidade individual, mas um compromisso coletivo que envolve sociedade, profissionais de saúde e governos. Entender a gravidade dessas estatísticas é o primeiro passo para direcionar esforços e recursos na conscientização e implementação de estratégias preventivas.

A colonoscopia, por exemplo, é um exame eficaz na identificação de pólipos, lesões precursoras do câncer colorretal. Além disso, a conscientização acerca dos fatores de risco e a promoção de hábitos de vida saudáveis são essenciais. Uma dieta equilibrada, aliada à prática regular de atividade física, pode reduzir o risco de desenvolver câncer colorretal.

A orientação médica sobre a importância do rastreamento, a detecção de sintomas precoces e o acompanhamento de pacientes com histórico familiar são medidas que podem salvar vidas.

Campanhas de conscientização, como por exemplo o Março Azul, contribuem para desmistificar o câncer de intestino, reduzindo o estigma associado aos exames preventivos. A superação do medo e o estímulo à busca precoce de assistência médica são passos fundamentais na prevenção.

A batalha contra o câncer de intestino exige uma abordagem abrangente, envolvendo desde a conscientização até a implementação de políticas públicas efetivas. Com a união de esforços, podemos reverter as estatísticas alarmantes e construir um futuro em que o câncer colorretal seja prevenido, diagnosticado precocemente e tratado com sucesso. A prevenção é a chave, e todos nós temos um papel nessa luta pela saúde e bem-estar de nossa sociedade.

Juliana Custódio Lima é gastroenterologista e endoscopista