Esboço do panorama sucessório

Escrito por Mauro Benevides ,

Legenda: Mauro Benevides é ex-senador pelo Ceará
Foto: Arquivo pessoal

Não remanesce dúvida de que a campanha eleitoral principia a delinear-se no panorama do próximo pleito, a cada dia surgindo nomes de pretendentes à Chefia de nossa Nação, conforme ocorreu na passada semana, com a largada do ex-juiz Sérgio Moro, sob o manto da legenda do PODEMOS, numa pauta de compromissos para conhecimento da opinião pública e, consequentemente, ao alvedrio de conquistar simpatias, expandindo-as ao longo de sua pregação, tendo como bandeira a batalha judicial de 3 anos atrás, quando até o ex-presidente Lula foi alvo de punição, tornada sem efeito pelo STF.

Antes, o atual presidente da República, Jair Bolsonaro, já se engajou em nova disputa, com penetração em todos os segmentos sociais, dessa vez, provavelmente, filiado ao PL, dirigido por Valdemar Costa Neto, hábil articulador, capaz de somar aliados com ponderabilidade, que garantam a reeleição do Primeiro Mandatário. Mencione-se, por outro lado, que Ciro Gomes reforçou a sua bancada na Câmara, com votos contra matéria de interesse do Planalto, o que sinaliza sua deliberação de continuar nesta faina, com o talento que há evidenciado em entrevistas na mídia e redes sociais.

Ressalte-se, também, as pretensões dos governadores João Dória e Eduardo Leite, ambos, formulando projetos que possam sensibilizar o eleitorado esclarecido, nos quatros cantos do território nacional.

Se tais definições são ainda prenúncio de uma árdua disputa, é bem possível que se amplie o rol de pleiteantes à curul presidencial, quando o rádio e a televisão se encarregarão de estimular tais indicações, redesenhando o quadro de aludidas postulações.

Destaque-se, ainda, neste horizonte, a força do eleitorado mineiro, com presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, de habilidade comparada a outros líderes conterrâneos seus, a exemplo de JK, Tancredo Neves e muitos outros, com sapiência, vem congregando adeptos além de seu Estado, provando invejável competência para capitalizar apoios da massa votante, ali e nas demais regiões do Brasil.

Se este é um mero esboço do despontar de vocações, no ano que vem a batalha será cruenta, quando predominará o salve-se quem puder. Haja coração!

Mauro Benevides é jornalista e senador constituinte

*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.