Alta do setor de planos odontológicos

Escrito por Jackeline Barbosa ,

O mercado de planos odontológicos segue aquecido. Segundo representantes do mercado, a pandemia gerou nos brasileiros uma maior conscientização da importância de contar com o benefício. Nos últimos 12 meses encerrados em julho de 2021, a contratação de planos odontológicos registrou alta de 10,1%, conforme aponta a Análise Especial da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

O resultado foi impulsionado pela contratação de planos individuais ou familiares (19,2%), seguido por coletivo por adesão (9,9%) e empresarial (8,1%). Por faixa etária, a maior alta foi entre beneficiários com 59 anos ou mais (13,9%). Vale destacar que, nas regiões Norte e Sul do país, a contratação de planos exclusivamente odontológicos foi superior a 13% – valor acima da média nacional.

É importante observar que apesar do mercado comemorar este crescimento contínuo, ainda existe um enorme potencial de expansão. A pandemia, de uma forma geral, reforçou a importância da prevenção com a saúde, de uma forma geral, e com a saúde bucal não foi diferente. Entretanto, apenas 12,8% da população brasileira conta com um plano odontológico. No Nordeste, esse número é ainda menor, 9%

Para que mais pessoas tenham acesso ao benefício, as empresas do setor têm adotado estratégias que permitem o acesso à saúde integral dos brasileiros e se aproximem da rede referenciada, fechando parcerias. Fatores como preços acessíveis e novos produtos desenvolvidos pelas operadoras justificam o crescimento. Especialistas apontam que o benefício odontológico já é o terceiro mais ofertado pelas empresas, depois de assistência médica e seguro de vida. Isso colabora para atração e retenção de talentos e diminui o absenteísmo por conta de problemas bucais, o que impacta diretamente na produtividade.

Jackeline Barbosa é diretora comercial da Odontoart

*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor