A humanidade pede socorro

O mundo vive momentos de convulsão absoluta, provocada principalmente por guerras entre diversas nações, cada qual tentando apresentar justificativas plausíveis para eclosão de embates mortíferos, que têm somado milhões de vidas perdidas, nas últimas décadas, e o que é pior, sem vislumbre de que tão cedo desponte qualquer sinal de pacificação.

Os conflitos atualmente travados em continentes diversos, hão trazido dor e sofrimento a um número incontável de indivíduos, deixando rastro de destruição horripilante, que além da carnificina humana suscitada, faz crescer o alarmante índice de cidadãos vivendo sem o mínimo para prover o alimento diário em seus lares.

Após as duas grandes guerras que marcaram o século XX, foi criada a Organização das Nações Unidas com o objetivo primordial de promover a cooperação e a paz entre os Estados membros, no entanto, de certos tempos para cá, o espírito bélico tem se disseminado por várias regiões mundo afora, por motivos variados e até duvidosos, tornando-se um dos mais longos confrontos o da Síria, que segundo entidades de direitos humanos, já exterminou mais de meio milhão de pessoas, além de causar alarmante êxodo populacional.

Some-se a tudo isso as batalhas do Iêmen, Somália, ou entre o Azerbajão e Armênia, sem falar duas que ora despertam maiores comentários, Rússia x Ucrânia, Israel e Hamas, somente para mencionar as que estão em evidência, pois muitas outras, de abrangência localizada, se encontram ativas, espalhando terror e desagregação aos mais vulneráveis.

No Brasil, mesmo com sua dimensão continental e muitas adversidades, somos reconhecidos mundialmente, sobretudo no meio diplomático, pelos esforços empreendidos para preservar a paz, não só interna, mas especialmente junto à comunidade internacional, daí sermos considerados um dos países mais pacíficos do globo terrestre.

Como se não bastasse, nas últimas semanas, nova crise alastrou-se pelo pequeno Haiti, que além de catástrofes humanas perdurantes há décadas, sofreu com terremoto arrasador em 2010, que causou mais de 300 mil mortes.

Diante de tão tenebroso retrospecto, urge socorro por parte dos líderes globais, augurando paz na terra aos homens de boa vontade.

Mauro Benevides é jornalista e senador constituinte