Scaloni cita amizade de Messi e Neymar, pede paz contra o Brasil e minimiza racismo: 'Está fora da nossa cabeça'
Técnico da seleção argentina adota tom diplomático em clima pré-clássico

O técnico Lionel Scaloni, da Seleção Argentina, manteve o tom diplomático para falar sobre o clássico contra o Brasil nesta terça-feira (25), pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo 2026. O clima da partida esquentou depois que Raphinha declarou que o jogo seria de "porrada". Scaloni ainda respondeu sobre racismo, em coletiva de imprensa, minimizando o tema.
O treinador citou a amizade e a imagem de Neymar e Messi juntos na final da Copa América de 2021. "Essa é a imagem que temos que ver todos. É uma partida de futebol. 90 minutos dentro do campo. Todos temos um conhecido ou amigo brasileiro. Não tem por que passar daí", defendeu.

Sobre o racismo, tema que vem impactando a Conmebol nesses últimos dias, o argentino ressaltou: "O tema racismo está fora totalmente da nossa cabeça. Não existe essa palavra. Esperamos que as pessoas que vão (ao jogo) vão torcer para a Argentina. É um tema que não tem de ter maior importância.
Voltando a falar sobre a partida, Scaloni evitou falar sobre a formação do Brasil, confirmada por Dorival com seis mudanças. Ele também tratou como "normal" o valor que a partida tem para a Argentina. Sendo apenas um empate suficiente para confirmar o time na Copa do Mundo 2026.
O time da Argentina deve ter a formação parecida com a que entrou diante do Uruguai. De Paul deve ser a única novidade, entrando no lugar de Leandro Paredes. "Quando temos de sofrer, sofremos. Não nos dedicamos apenas a jogar bonito, há momentos nos quais deve ser superior ao rival e outros em que deve ser forte e se defender", projetou o campeão mundial sobre a partida.
A partida será no Monumental del Núñez, em Buenos Aires, às 21h (de Brasília).
RACISMO E PROTESTOS
A temática do racismo virou assunto frequente na relação da CBF com a Conmebol, principalmente após o desabafo de Luighi, do Sub-20 do Palmeiras, que foi vítima de discriminação racial no Paraguai A entidade brasileira bateu o pé em cobrança por uma punição.
Quando foi anunciada multa e jogos de portões fechados para o Sub-20 do Cerro Porteño, as únicas punições previstas pela Conmebol, houve insatisfação. No ofício que foi enviado pelos brasileiros, é dito que houve "omissão" por parte da Conmebol.