Uma briga generalizada entre jogadores do Fortaleza e do Ceará foi registrada na última segunda-feira (30) no estádio Presidente Vargas (PV), ao término da final do Campeonato Cearense Sub-20 2024, conquistada pelo Fortaleza. Quatro pessoas foram detidas após ser registrada uma ocorrência de confronto entre torcedores e jogadores.
“Equipes da PM atuaram imediatamente para conter a confusão, que terminou com quatro pessoas detidas, sendo três maiores e um menor de idade. O procedimento foi realizado na Delegacia da Criança e do Adolescente por ameaça, dano ao patrimônio público, corrupção de menor e por participarem de brigas de torcidas”, disse a Polícia Militar do Ceará em nota.
A Polícia Militar informou ainda que o efetivo de policiais disponibilizado para esta partida foi determinado seguindo uma recomendação do Ministério Público, que sugeriu que a partida acontecesse de “portas fechadas”. O jogo, no entanto, teve a presença de público.
LEIA A NOTA DA POLÍCIA MILITAR NA ÍNTEGRA
A Polícia Militar do Ceará (PMCE) informa que, na noite dessa segunda-feira (30), durante a final do Campeonato Cearense Sub-20, no estádio Presidente Vargas, foi registrada uma ocorrência de confronto entre torcedores e jogadores. Equipes da PM atuaram imediatamente para conter a confusão, que terminou com quatro pessoas detidas, sendo três maiores e um menor de idade. O procedimento foi realizado na Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) por ameaça, dano ao patrimônio público, corrupção de menor e por participarem de brigas de torcidas, esse previsto no art. 201 da Lei Geral do Esporte. Vale salientar, que o efetivo disponibilizado pela Corporação foi designado para a segurança de todos com base na recomendação emitida pelo Ministério Público, que sugeriu que a partida acontecesse de “portas fechadas”, sem a presença do público. Apesar da recomendação formal, foi disponibilizado pelos clubes e pela Federação Cearense de Futebol entradas para cada torcida.
ÁRBITRO DETALHA A CONFUSÃO NA SÚMULA
A súmula da partida só foi divulgada pela Federação Cearense de Futebol (FCF) na tarde desta terça-feira (1) e nela o árbitro Renato Pinheiro identificou quatro pessoas que participaram da agressão generalizada que ocorreu ao fim do jogo.
Segundo o árbitro, o auxiliar técnico do Ceará, Francisco Rodrigues Gonçalves, que foi expulso nos acréscimos do segundo tempo por reclamação junto ao 5º árbitro, agrediu um funcionário do Fortaleza, identificado como Segundo Costa, com um chute na altura do joelho e um soco enquanto descia para o vestiário. O relato ainda afirma que esta agressão gerou o conflito generalizado entre atletas. O que impediu a identificação de outras pessoas.
Mesmo assim, Renato Pinheiro registrou a expulsão de dois jogadores, um de cada lado, após o fim da partida. Caio Rafael, do Ceará, foi expulso por “agredir o seu adversário com um chute durante um confronto generalizado”, enquanto o goleiro Luiz Carlos Ramires Barbosa Junior, o Luizão, do Fortaleza, teve a mesma punição por “trocar socos e chutes com seus adversários e funcionários do clube adversário, necessitando ser contido dentro de campo por seus companheiros”. O árbitro diz que não conseguiu apresentar o cartão vermelho para os dois devido a confusão.
Nas observações, Pinheiro ainda citou o nome de Mateus Rodrigues, identificado como nutricionista do Ceará, como uma das pessoas a participar diretamente do tumulto em campo.
O que diz a súmula
“Informo que após finalizar a partida ocorreu uma confusão generalizada entre atletas e funcionários de ambas as equipes, dentre eles o Sr. Mateus Rodrigues, Nutricionista da equipe do Ceará S. Clube. Informo que não foi possível identificar todos os envolvidos e suas ações.”
Expulsão de Caio Rafael: “Conduta violenta - por agredir o seu adversário com um chute durante um confronto generalizado. Devido o tumulto generalizado não foi possível identificar o adversário e nem apresentar o cartão vermelho em campo.”
Expulsão de Luizão: “Por conduta violenta, durante o conflito generalizado, trocar socos e chutes com seus adversários e funcionários do clube adversário, necessitando ser contido dentro de campo por seus companheiros. Informo que devido o confronto generalizado não foi possivel identificar os atletas que sofreram a agressão e nem apresentar o cartão vermelho em campo.”
Expulsão de Francisco Rodrigues Gonçalves: “Por reclamar das decisões da arbitragem de forma ofensiva, grosseira e abusiva, com as seguintes palavras dirigidas ao 5° árbitro, Sr. Vitor Mateus Teodósio, enquanto peitava-o: "Você é um vagabundo, pau no cú, um safado. Vocês estão de parabéns. No sub 17 e agora no sub 20 essa vergonha". Informo ainda que o auxiliar técnico fazia um gesto com as mãos caracterizada como roubo. Informo ainda que na descida do vestiário, o auxiliar técnico agrediu o Sr. Francisco Segundo Costa com um chute na altura do joelho e um soco, funcionário do Fortaleza EC, causando confronto generalizado entre funcionários com uniforme e credenciais de ambos os clubes, gerando também conflito generalizado entre atletas. Devido ao tumulto, não foi possível para arbitragem identificar todos os infratores envolvidos.”