EUA temem que russos transformem a atleta em trunfo para negociações geopolíticas
A jogadora de basquete dos Estados Unidos, Brittney Griner, está presa na Rússia desde o dia 17 de fevereiro e o caso dela virou uma crise diplomática entre os dois países devido à guerra na Ucrânia. Segundo as informações do G1, Griner foi pega com óleo de haxixe em um aeroporto próximo de Moscou.
De acordo com os jornais americanos, o silêncio do governo dos EUA, dos parentes e do clube em que Griner joga, é estratégico devido à crise entre EUA e Rússia. Há receio que a americana se torne um trunfo que os russos podem tentar usar para obter vantagens geopolíticas. Por isso, não há campanha pública pela soltura dela.
Só o que se sabe sobre o caso é que a americana foi detida por guardas da alfândega que teriam encontrado com ela recipientes com o derivado da maconha, o óleo de haxixe. Se condenada, Brittney poderá pegar uma pena de até 10 anos de prisão.
Apesar do silêncio sobre o caso, o secretário de estado dos EUA, Antony Blinken, disse que o país está fazendo o que pode para ajudar. Ainda segundo o jornal "Washington Post", a Rússia não permitiu que representantes consulares dos EUA visitassem a atleta na prisão.
Brittney Griner já foi eleita 7 vezes para o All-star e é considerada uma das estrelas do basquete feminino dos EUA. Ela faz parte do Phoenix Mercury e nos meses em que a NBA das mulheres (a WNBA) não tem partidas, Brittney joga na Rússia no UMMC Ekaterinburg. Ela recebe US$ 1 milhão (R$ 5 milhões) por temporada, quatro vezes o que ela ganha pela WNBA. O último jogo dela no país europeu foi no dia 29 de janeiro.