Condenado por estupro, Robinho seguirá preso após decisão do STF
Ex-jogador foi condenado a nove anos de prisão
O ex-jogador Robinho, condenado a nove anos de prisão por estupro coletivo, seguirá preso. O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para mantê-lo na prisão. A decisão ocorreu nesta quinta-feira (28). Ele está preso desde março de 2024, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologou a decisão da Justiça italiana, que puniu o ex-atleta.
Seis dos 11 ministros do STF, até o momento, votaram pela permanência da prisão do ex-jogador, que está detido em Tremembé (SP). Além de Luiz Fux, relator do caso, também votaram a favor Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, André Mendonça, Cristiano Zanin e Edson Fachin. Apenas Gilmar Mendes se manifestou contra.
A defesa de Robinho solicitou sua libertação argumentando que a Lei de Migração, usada pelo STJ para validar a condenação imposta pela Justiça italiana, entrou em vigor após a data em que o crime foi cometido. Dessa forma, segundo os advogados, a lei estaria sendo aplicada de forma retroativa para prejudicá-lo, o que é proibido pela legislação brasileira.
Veja também
RELEMBRE O CASO
Robinho foi condenado por estupro de uma jovem albanesa, na Itália, em 2013, quando atuava pelo Milan. O caso aconteceu em uma boate italiana, e outros cinco amigos do ex-jogador também estavam envolvidos. Um deles, Roberto Falco, também está preso. Outros quatro não foram julgados.
Na Itália, Robinho tentou recorrer da decisão da Justiça, mas foi condenado nas três instâncias. A última - e definitiva - foi em 2022. Nesta época, ele já tinha retornado ao Brasil. Por conta disso, o Ministério de Justiça da Itália fez um pedido de extradição ao Brasil, ou seja, que o governo enviasse o jogador de volta para a Itália.
Como o País não extradita cidadãos brasileiros, a Justiça italiana pediu, então, que a sentença de nove anos de prisão fosse cumprida no Brasil.
Robinho está no pavilhão 1 da Penitenciária II de Tremembé. Na prisão, ele tem o hábito de jogar futebol com os outros detentos e de ler. Além disso, ele tem aula de dois projetos, com dez módulos cada, "De olho no futuro" e "Reescrevendo a minha história".