Com a vantagem do empate, Alvinegro vai em busca do tricampeonato. Precisando vencer, Tricolor tenta levantar a taça pela quarta vez
A espera acabou. Chegou o dia que os torcedores de Ceará e Bahia tanto aguardavam. Neste sábado (8), o Brasil inteiro conhecerá o grande campeão da Copa do Nordeste 2021. A bola rola a partir de 16h, na Arena Castelão, que será palco de um confronto entre dois gigantes nordestinos que chegam para esta decisão cercados de história, tradição e modernidade.
Ceará e Bahia são dois dos clubes emergentes do futebol nacional. Mesmo com receitas menores que os gigantes do cenário nacional, estão consolidados na Série A do Campeonato Brasileiro (o Tricolor vai para a 5ª disputa consecutiva, enquanto o Alvinegro entra no 4º ano seguido na elite do futebol brasileiro).
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Fruto das gestões modernas, equilibradas e responsáveis que possuem fora de campo. Este trabalho de bastidor é que permite que os clubes, que são dois dos maiores do Nordeste, cheguem tão fortes para esta decisão. Indiscutivelmente, as duas equipes de melhor desempenho no Regional.
Por ter vencido o jogo de ida por 1 a 0, o Ceará joga pelo empate. O Bahia precisa vencer por dois ou mais gols de diferença para ser campeão. Qualquer vitória por um gol de vantagem, leva a decisão para os pênaltis.
Força (quase) máxima
O técnico Guto Ferreira terá força quase máxima para o duelo. O único desfalque é o volante Charles, que foi expulso em Salvador. Pedro Naressi será o substituto. Por outro lado, o lateral-direito Gabriel Dias cumpriu suspensão e está de volta ao time.
Mais que o time principal praticamente todo disponível, Guto conta também com a equipe descansada. Os titulares sequer viajaram para enfrentar o Bolívar, na quarta-feira (5), e passaram uma semana inteira apenas focando no duelo contra o Bahia. Deu tempo para descansar, recuperar e treinar pensando somente neste jogo.
O Vovô vem embalado pelo ótimo momento que vive. São 13 jogos de invencibilidade, com o detalhe que não sofreu nenhum gol sequer nas últimas seis rodadas do Nordestão. Se sair de campo novamente sem ser vazado, o Ceará será campeão.
"Nós não podemos nos apegar ao que passou. Temos que construir o que está para ser construído, que são os 90 minutos. Lógico que esse momento nos traz um nível de confiança alto, mas tudo que é de mais faz mal. Então, nós temos que estar com o nosso nível de confiança no ponto certo, nem mais, nem menos", alertou o técnico Guto Ferreira.
Bahia "mordido"
O Bahia vem, sem dúvida nenhuma, "mordido" para esta final. Nas outras duas vezes que os times se enfrentaram em decisões, o Ceará foi campeão. É a chance do Tricolor Baiano dar o troco, mas a missão não será fácil.
Além da desvantagem que precisará reverter, o técnico Dado Cavalcanti também busca a melhor formação para suprir a ausência de três desfalques consideráveis: o lateral-direito Nino Paraíba, o zagueiro Luiz Otávio e o volante Patrick de Lucca. Suspensos, todos estão fora da partida.
A tendência, então, é que o técnico baiano faça mudanças estruturais na equipe, com alterações táticas para tentar surpreender o Vovô.
"(Patrick) É um primeiro volante que tem como especialidade a construção baixa. Eu não busco um substituto a ele, porque não encontrarei. Eu busco adaptação que outro atleta vai trazer. Vai mudar um pouco o desenho. A mesma coisa em relação ao Nino, que tem uma vitalidade. O que ele promovia de agressividade à última linha e podendo recompor, não posso cobrar do substituto. Nossa condição é de buscar as adaptações para que a gente consiga, com outras características, efetividade", disse.
Mesmo assim, o Bahia terá a força ofensiva em campo, com o trio Rossi, Rodriguinho e Gilberto. O camisa 9, inclusive, é o artilheiro da Copa do Nordeste, com sete gols marcados.
Transmissão: Rádio Verdinha e Tempo Real em diariodonordeste.com.br/jogada
Ceará: Richard, Gabriel Dias, Messias, Luiz Otávio e Bruno Pacheco; Pedro Naressi e Oliveira; Vina, Lima e Mendoza; Felipe Vizeu. Técnico: Guto Ferreira
Bahia: Matheus Teixeira; Renan Guedes, Conti, Juninho e Matheus Bahia; Jonas (Lucas Araújo), Thaciano e Daniel; Rodriguinho, Rossi e Gilberto. Técnico: Dado Cavalcanti