O plantio das mudas do gramado da Arena Castelão foi concluído na madrugada deste sábado (17). A Governadora Izolda Cela ressaltou que, a partir desta etapa, a praça esportiva estará apta a receber jogos em no mínimo 60 dias. Assim, a previsão da conclusão dos trabalhos passou para março de 2023. Logo, o primeiro Clássico-Rei do ano, marcado para 8 de fevereiro pelo Campeonato Cearense, não será realizado no estádio. O investimento na obra é de R$ 1,95 milhão.
Quintino Vieira, titular da Superintendência de Obras Públicas (SOP), explicou qual será o passo seguinte: “A próxima fase é de regar e adubar. São necessários de 60 dias a 70 dias após a conclusão do plantio para deixar o estádio 100% em condição de jogo”, disse.
Com o novo prazo para a conclusão das obras, o jogo Ceará x Fortaleza marcado para o dia 8 de fevereiro, válido pela 5ª rodada do Cearense, não será realizado no local. Veja a tabela de jogos aqui.
A grama plantada é do tipo Bermuda Celebration. As mudas vão receber adubos para estimular crescimento e enraizamento. A fotossíntese ocorrerá de forma mais rápida com os refletores do estádio ligados durante a noite. A expectativa é de que o primeiro corte seja feito em 30 dias. O plantio das mudas foi mecanizado.
INÍCIO DAS OBRAS
O estádio foi o mais usado do Brasil em 2022. Ao todo, o local receu 73 partidas, com a média de 1 jogo a cada 5 dias. O número é superior ao do Maracanã e do Mineirão (65 cada). Seis competições foram disputadas no local nesta última temporada: Libertadores, Sul-Americana, Brasileirão, Copa do Brasil, Copa do Nordeste e Campeonato Cearense.
Assim, o Castelão foi alvo de críticas de vários jogadores e técnicos de diferentes equipes. A troca estava prevista para 2021, mas a pedido de Ceará e Fortaleza foi adiada. Castigado com o excesso de chuvas e a grande utilização, obra iniciou no último dia 14 de novembro. A entrega estava prevista para a segunda semana de fevereiro.
O primeiro passo foi retirar toda a grama antiga, além das camadas de areia e brita, até chegar nas tubulações de drenagem. Depois, o material de drenagem foi substituído. Houve a ampliação de 100% do número de valas, tubos e mantas de drenagem (tipo bidim). A capacidade de drenagem dobrou: saiu de 1.850 de tubulação para 3.700 metros. O mecanismo tem formato de espinha de peixe.
Para finalizar, foram colocadas novas coberturas de brita e areia. Em seguida, houve o nivelamento, além de testes e ajustes do sistema de irrigação. A partir daí ocorreu o plantio das mudas.