Três pessoas são presas e duas estão foragidas acusadas de sonegar R$ 100 milhões no Ceará
Operação conjunta realizada nesta quinta-feira (13) pelo Ministério Público, Sefaz e Polícia Civil cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão contra dois contadores e três empresários do ramo de confecção
Um rombo de R$ 100 milhões nos cofres públicos do Ceará levou à prisão de três pessoas nesta quinta-feira (13), quando uma operação conjunta do Ministério Público (MPCE), através do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf), Secretaria da Fazenda (Sefaz-CE) e pela Polícia Civil cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão no Estado. O prejuízo teria sido causado por um grande esquema de sonegação fiscal envolvendo empresas do ramo de confecção.
De acordo com o Ministério Público, dois contadores e um empresário estão entre os presos desta quinta-feira, enquanto outros dois empresários continuam foragidos, acusados de sonegarem, em larga escala, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). As empresas envolvidas teriam atuação no mercado de feiras, como a do Beco da Poeira e da Rua José Avelino.
O nome dos envolvidos e suas respectivas empresas, assim como detalhes sobre as acusações, ainda não foram divulgados pelas autoridades, que seguem investigando o esquema de sonegação. A expectativa, no entanto, é que mais informações sejam dadas nesta sexta-feira (14), quando o procurador-geral de Justiça, Plácido Barroso Rios, o coordenador do Gaesf, promotor de Justiça Hugo Vasconcelos Xerez, e o secretário da Fazenda do Estado, Mauro Benevides Filho, concederão uma coletiva sobre o caso, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça.
Prejuízo ao Estado
Em agosto deste ano, uma reportagem especial do Diário do Nordeste informou que, somente nos oito primeiros meses deste ano, o Ceará já registrava um prejuízo de R$ 351 milhões com casos de sonegação fiscal, de acordo com dados da Receita Federal. Do total de autuações realizadas pelo órgão no Estado, R$ 336 milhões foram direcionadas a pessoas jurídicas e R$ 14,7 milhões a pessoas físicas. Na 3ª Região Fiscal, composta por Maranhão, Piauí e Ceará, o volume já batia os R$ 2 bilhões naquele mês.