MPCE denuncia Cabo Sabino por liderar motim de militares no Ceará

Órgão aponta que o ex-parlamentar atuou como "cabeça" do movimento de policiais em fevereiro passado

Escrito por Redação , seguranca@svm.com.br
Legenda: Cabo Sabino é considerado pelo Ministério Público do Ceará de ser o cabeça da paralisação dos policiais militares
Foto: FOTO: JOSÉ LEOMAR

O ex-deputado Cabo Sabino foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) na tarde desta quarta-feira (11) por envolvimento no motim de policiais militares. Segundo o órgão, o militar da reserva remunerada atuou como “cabeça” durante a paralisação das tropas nos mês passado. Se condenado, ele pode pegar pena de até 42 anos. 

Dessa forma, a denúncia estabelece que o ex-parlamentar cometeu crimes previstos no Código Penal Militar, por agir contra ordem de superiores e ocupar quartel (art. 149); conspiração (art.151); aliciamento de militares (art.154), por incitar à desobediência (art.155); criticar publicamente ato de seu superior (art.166) e prática de ato prejudicial à administração militar que consta no artigo 324.

Conforme o MPCE, Cabo Sabino instigou a paralisação dos militares em vídeo publicado em seu perfil nas redes sociais. A denúncia mencionou um trecho do discurso em que ele afirma: "Quem quer parar a tropa não chama para a Assembleia  porque polícia não para no meio da rua, polícia para em quartel". 

Seguindo a orientação do ex-deputado, os policiais ficaram amotinados no 18º Batalhão da PM, no bairro Antônio Bezerra, em Fortaleza, entre 18 de fevereiro e 1º de março, quando aceitaram proposta para o fim do motim.