"Senado fez o seu papel de casa revisora", diz Girão sobre recuo na mudança das regras eleitorais
A matéria, que foi aprovada em plenário com as mudanças, volta para a Câmara dos Deputados
"O Senado não fez um papel de carimbador. A Casa fez o seu papel de Casa revisora e evitamos que isso fosse aprovado do jeito que estava". A afirmação é do senador cearense Eduardo Girão (Pode) sobre a discussão de hoje no Senado que rejeitou a maior parte dos prontos do projeto que mudavas regras eleitorais.
A proposta já havia sido aprovada na Câmara, mas após as repercussões na sociedade e a insurgência de um grupo de senadores, entre eles o parlamentar cearense, a Casa acabou recuando.
Ainda na semana passada, quando o presidente da Casa, Davi Alcolumbre, tentou colocar o projeto em votação antes que tivesse passado pelas comissões temáticas, Girão, no plenário, foi um dos que fez apelo para que houvesse mais tempo para a discussão do assunto.
"Alguns dos dispositivos propostos retiravam a transparência dos gastos dos recursos públicos. Nós fomos firmes, nos organizamos conseguimos reverter", reforçou o parlamentar, ao complementar que é preciso reduzir ainda mais o fundo eleitoral que ficou com cerca de R$ 1,7 bilhão, mesmo valor destinado na eleição do ano passado.
Girão faz parte de um grupo de senadores, com 21 membros, autodenominado de "Muda Senado". O movimento tem crescido, ganhando relevância, ao propor pautas polêmicas como a CPI da Lava Toga, para investigar os tribunais superiores, e também organizar pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal.