Atratividade precisa ser ampliada

Escrito por Redação ,
Legenda: O governador do Ceará, Camilo Santana, disse que já esteve reunido com investidores nacionais e estrangeiros interessados no Acquario

Entre os primeiros dez equipamentos públicos que o governo estadual busca conceder à iniciativa privada, o Acquario Ceará é considerado um dos menos atrativos economicamente. Em construção na Praia de Iracema, em Fortaleza, o empreendimento turístico precisará passar por mudanças a fim de ampliar a atenção de investidores.

>Acquario recebe cinco propostas em licitação

A conclusão está no estudo "Capturando o Pleno Potencial dos Ativos de Infraestrutura do Ceará", elaborado pela consultoria McKinsey & Company e apresentado ao governo em maio deste ano. A empresa analisou o potencial dos dez ativos que, inicialmente, entraram no pacote de concessões do Estado.

O primeiro road show (rodada de negócio) para apresentação dos equipamentos a potenciais investidores ocorrerá nesta quinta-feira (25), às 11 horas, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), na Capital. O cronograma do evento ainda não foi divulgado, mas, na ocasião, está previsto que os empresários tenham acesso ao estudo feito pela McKinsey & Company. Cerca de 90% da construção do Acquario ainda precisam ser executados, o que corresponde a aproximadamente R$ 420 milhões. O ativo precisa de atrativos para ser mais competitivo a exemplo de aquários semelhantes em outros países.

Melhoria de viabilidade

Duas alternativas poderiam melhorar as projeções econômicas do Acquario Ceará, indicando "um possível cenário otimista", segundo orienta a consultoria. A primeira seria ajustar o projeto original do equipamento para reduzir o investimento necessário, estimado em US$ 150 milhões. E a segunda seria potencializar a valorização imobiliária no entorno por meio de um complexo hoteleiro.

Em evento realizado no Porto do Pecém, na última segunda-feira (22), o governador do Ceará, Camilo Santana, disse que já esteve reunido com investidores nacionais e estrangeiros interessados no Acquario. De acordo com ele, as negociações estão avançadas. "Eu estou muito confiante de que a melhor alternativa para o Ceará é buscar uma parceria privada. Nós estamos negociando, e está muito bem encaminhado. É um equipamento importante do Estado", afirmou Camilo, destacando que a expectativa é que o modelo de negócio para o Acquario seja definido até o fim do primeiro semestre de 2017.

Modelos de negócio

São sugeridos dois possíveis modelos de negócio para o Acquario Ceará, por serem mais econômicos: a Parceria Público-Privada patrocinada ou a concessão de uso. A primeira funciona como uma concessão comum, mas com contraprestação do Estado para torná-la atrativa para um privado. Já a segunda vincula o concessionário ao uso do bem para fins de urbanização, industrialização, edificação, etc. Nas duas possibilidades, o interessado deve participar desde as etapas iniciais de construção. Mas, antes de partir para a concessão do Acquario, o Estado deve avaliar a continuidade ou não do projeto verificando o retorno do empreendimento.

Possíveis interessados

O estudo apresenta uma lista de 17 possíveis investidores para o Acquario, sendo oito operadores de equipamentos turísticos nacionais, incluindo aquários; seis operadores turísticos nacionais; e três operadores internacionais de aquário. A consultoria deixa claro que a lista não é limitada e não deve ser entendida como uma recomendação de quem participaria, mas dentre os nomes estariam: Aquário de São Paulo; Beach Park; Beto Carrerro World; Hopi Hari; CVC; TAM Viagens; Avanqua; Costa Entertainment Experience; e Merlin Entertainment.

Na lista dos ativos considerados competitivos para concessão estão incluídos: CE-040; Ceasa; Porto do Pecém; Centro de Eventos; Cinturão Digital; Metrofor; geração de energia com placas solares; e terrenos.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.