Governador e prefeito do Rio se manifestam sobre assassinato de congolês: 'não ficará impune'
O jovem foi espancado até a morte por um grupo de homens na praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), se manifestou sobre o assassinato do congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, nesta terça-feira (1º). Nas redes sociais, Cláudio anunciou que o crime "não ficará impune" e que a Polícia Civil do Rio de Janeiro já está identificando os autores do homicídio.
O assassinato do congolês Moïse Kabamgabe não ficará impune. A @PCERJ está identificando os autores dessa barbárie. Vamos prender esses criminosos e dar uma resposta à família e à sociedade. A Secretaria de Assistência à Vítima vai procurar os parentes para dar o apoio necessário
— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) February 1, 2022
O jovem foi espancado até a morte por um grupo de homens na praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, após cobrar um pagamento atrasado, no último dia 24 de janeiro.
O dono do quiosque onde o atendente congolês morreu deve prestar depoimento na Divisão de Homicídios nesta terça-feira (1º). Até agora, oito pessoas foram ouvidas, mas ninguém foi preso.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), também se manifestou e definiu o assassinato como "inaceitável e revoltante".
O assassinato de Moïse Kabamgabe é inaceitável e revoltante. Tenho a certeza de que as autoridades policiais atuarão com a prioridade e rigor necessários para nos trazer os devidos esclarecimentos e punir os responsáveis. A prefeitura acompanha o caso.
— Eduardo Paes (@eduardopaes) February 1, 2022
Entenda o crime
Moïze Kabamgabe, de 24 anos, nasceu no Congo, na África, e veio morar no Brasil como refugiado político em 2014 com a mãe e os irmãos. Ele prestava serviço por diárias no quiosque Tropicália, próximo ao Posto 8.
Segundo a família da vítima, o proprietário do quiosque devia dois dias de pagamento, valor em torno de R$ 200, o que levou Moïze a questioná-lo, na última terça-feira (25), quando o débito seria quitado.
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Ao cobrar as diárias, no entanto, o jovem foi espancado até a morte. O corpo dele foi achado amarrado em uma escada. Yannick Iluanga Kamanda, 33, primo da vítima, afirma que o atendente sofreu golpes de mata-leão (chave de pescoço), socos, chutes, madeirada e chegou a ter as mãos e pés amarrados com um pedaço de fio. A investigação está sob sigilo.