Brasileiro que perdeu a guarda dos filhos em Portugal nega vaquinha criada por familiar
Valor arrecadado foi de R$ 346 e será devolvido pela autora da campanha

Carlos Orleans, que junto da esposa, Carol Archangelo, perdeu a guarda dos filhos em Portugal, fez um alerta nas redes sociais sobre uma suposta campanha de doação falsa. Segundo postagem feita na quarta-feira (26), o tatuador brasileiro afirmou que nenhuma vaquinha foi feita em nome da família.
“Não há nenhuma iniciativa minha ou da minha família para receber doações. São golpistas. Não doem nada em prol desta causa. Não somos nós”, diz a publicação.
Junto do alerta, o brasileiro repostou, sob a palavra "Fake", em vermelho, a arte usada na campanha para pedir doações. O texto da vaquinha reforça que "cada contribuição será utilizada para custear despesas jurídicas e os procedimentos necessários para reuni-los [as crianças] em segurança com sua família".

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Cunhada da família assume autoria
No entanto, ainda na quinta-feira, a cunhada da mãe das crianças, identificada como Carina Archangelo, se apresentou como autora da campanha. Em depoimento ao colunista Gian Amato, do jornal do O Globo, ela explicou que decidiu iniciar o apelo devido à preocupação com o caso.
Em resposta, Carlos reiterou que não tinha conhecimento desse fato. "Infelizmente, as pessoas fazem coisas sem informar. Eu não autorizei e não é válida", assegurou. Já Carina afirmou que vai devolver os R$ 346 arrecadados no dia 31 de março e pagará a taxa de encerramento do próprio bolso.
Ele viu que eu era a criadora e ainda assim me acusou falsamente. Foi encerrada ontem à noite antes dele postar as falsas acusações. Encerramos porque os pais das crianças não quiseram a nossa ajuda para resolver o caso, logo a arrecadação não seria necessária. Disseram que iriam fazer promoções, trabalhar e não queriam doações. Não critico, porque é um direito deles, mas me acusar de golpe é calúnia.
Carina também publicou uma nota de esclarecimento sobre o assunto no Instagram. No comunicado, ela aponta que, além da recusa financeira, Carlos também não aceitou ajuda jurídica da família de Carol, mesmo sem ter um advogado constituído. Contudo, a família conseguiu a representação de um escritório de advocacia que não irá cobrar pelos serviços.
Relembre o caso
O casal de brasileiros perdeu a guarda dos dois filhos, de oito e seis anos, na última semana, após uma ação realizada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ). A família vinha sendo acompanhada pelo apoio familiar há cerca de dois anos, quando a professora do caçula da família, na época com quatro anos, acionou o órgão.
As crianças estão em um local não divulgado e, por enquanto, só terão contato frequente com os pais daqui a seis meses. Mas na última segunda-feira (24), a família se encontrou pela última vez por 45 minutos.
Uma revisão da decisão está marcada para menos de um mês, após entrevistas e vistorias na residência. Caso seja necessário estender a sentença, outras visitas serão feitas em intervalos de dois meses.
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