Venezuela descarta autorização para uso da vacina da AstraZeneca
O vice-presidente venezuelano Delcy Rodríguez justificou a decisão em função dos "efeitos" que o imunizante provoca nos pacientes
O governo do presidente Nicolás Maduro descartou nessa segunda-feira (15) a autorização para uso da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca na Venezuela, diante dos efeitos negativos registrados em algumas pessoas que receberam o imunizante em outros países.
"A Venezuela não permitirá que a vacina AstraZeneca seja usada em nosso país devido aos efeitos que causa nos pacientes", disse o vice-presidente venezuelano, Delcy Rodríguez, em uma nota transmitida pela televisão estatal.
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Cerca de vinte países - incluindo Alemanha, França, Itália e Espanha - suspenderam preventivamente o uso da vacina da AstraZeneca após a divulgação de relatos de que algumas pessoas que receberam o imunizante haviam tido coágulos.
Rodríguez fez seu comentário horas depois de se reunir com o representante da Organização Pan-Americana da Saúde, em Caracas, com o "objetivo de denunciar a ameaça" de uma variante do coronavírus surgida no Brasil.
Na véspera, Maduro mandou "cercar" Caracas, os Estados centrais de La Guaira e Miranda e o Estado de Bolívar, na fronteira com o Brasil, por sete dias a partir de 15 de março, para deter a cadeia de contágio da variante do vírus, conhecida como P.1. Uma semana antes, a Venezuela confirmou os dez primeiros casos de infecção pela cepa.