Chefe de Estado do Irã pede pena de morte para Netanyahu e líderes de Israel
Na semana passada, o Tribunal Penal Internacional de Haia emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro e o ex-ministro da Defesa israelense
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, considerou, nesta segunda-feira (25), a ordem de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra Benjamin Netanyahu por crimes de guerra "insuficiente" e estimou que o primeiro-ministro israelense merece uma "sentença de morte".
O tribunal, com sede em Haia, emitiu na quinta-feira mandados de prisão contra Netanyahu, o seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o líder do braço armado do Hamas, Mohammed Deif, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
A ordem de prisão contra Netanyahu "é insuficiente", disse Khamenei nesta segunda, no seu primeiro discurso desde que o tribunal emitiu os seus mandados de prisão.
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"Estes líderes criminosos devem ser condenados à morte", acrescentou, referindo-se a Netanyahu e Gallant, e dirigindo-se a um grupo de basij, um corpo de voluntários islamistas que pode atuar como substituto das forças de segurança.
O Tribunal Penal Internacional pode proferir penas de até 30 anos de prisão ou, em circunstâncias excepcionais, prisão perpétua. Mas os seus juízes não podem impor a pena de morte.
Resposta israelense
Na rede social X, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, disse que o Tribunal "perdeu toda a legitimidade". "É um dia sombrio para [o TPI], que perdeu toda a legitimidade para existir e agir", escreveu Saar.
O tribunal de Haia "comportou-se como brinquedo político a serviço dos elementos mais extremistas, trabalhando para minar a segurança e a estabilidade no Oriente Médio", acrescentou o ministro.
Os mandados de prisão foram classificados como "secretos" para proteger testemunhas e garantir o desenvolvimento das investigações, declarou o tribunal. "No entanto, a câmara decidiu divulgar a informação detalhada porque parece que ainda há comportamentos semelhantes aos apontados no mandado de prisão", afirmou. "Além disso, a câmara considera que é do interesse das vítimas e dos seus familiares que sejam informados da sua existência", acrescentou.
Israel alega que Deif morreu em um ataque em 13 de julho no sul de Gaza, mas o Hamas nega o assassinato.
Mais de 44 mil mortos
O Ministério da Saúde do governo do Hamas na Faixa de Gaza declarou, na última quinta-feira (21), que pelo menos 44.056 pessoas morreram em mais de 13 meses de guerra entre Israel e os milicianos palestinos.
O número inclui as 71 mortes registradas nas últimas 24 horas, segundo o ministério. Além disso, o órgão registrou 104.268 feridos na Faixa de Gaza desde o início da guerra.