Brasileira residente em Orlando fala sobre repercussão da tragédia na Boate Pulse

"Estamos em estado de emergência, mas não nos foi proibido sair de casa", diz Ednirce Alencar

Escrito por Redação ,

Tiroteio que matou 50 frequentadores da boate gay Pulse, em Orlando, Estados Unidos, deixando mais 53 feridos, chocou o mundo inteiro na manhã deste domingo (12). O atirador, Omar Mateen, foi identificado como cidadão norte-americano de origem afegã.

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Residente na cidade há 18 anos, a jornalista paulista que morou muitos anos no Ceará Ednirce Alencar, 50, relata que os moradores estão em estado de alerta e bastante apreensivos, uma vez que ainda não foi descartada a possibilidade de o ataque ter sido terrorista. 

"Esta tragédia afeta não só os familiares e amigos, mas todos que vivem nos Estados Unidos, por um sentimento de insegurança que gera. Passamos pelo 11 de setembro e providencias de emergência foram tomadas na época. Ainda se pode circular pela cidade. Estamos em estado de emergência, mas não nos foi proibido sair de casa. Isso pode acontecer se for decretado emergência máxima", explica.

A jornalista comenta que o clima de insegurança cresce principalmente por conta de outro crime recente, o assassinato da cantora Christina Grimmie, ocorrido horas antes em uma casa de show da cidade. "Outro episódio que não foi muito noticiado é um assalto com reféns na área dos brasileiros. E tudo isso gera pavor, sentimento de impotência...".

Sobre as possíveis motivações do crime, Ednirce acredita na possibilidade de ataque terrorista, uma vez que o atirador, apesar de ter nascido nos Estados Unidos vem de família de seguidores do islamismo.

"Os muçulmanos de todo o mundo fazem jejum nesta epoca do Ramadã. E ele tem horror aos gays. E vem outra questão como uma arma de grande porte pode estar nas maos de um cidadão comum? Mas acho que agora devemos ajudar no que for preciso. No momento, a comunidade brasileira se mobiliza e faz campanha para doar sangue para as vítimas que estão no hospital".
 

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