Após Guiné, surto do Vírus de Marburg é registrado na Tanzânia
Há cerca de um mês, a Guiné Equatorial já havia registrado a presença do vírus
A Tanzânia confirmou, na terça-feira (21), o primeiro surto do vírus de Marburg no País, após análise do Ministério da Saúde local. Oito casos testaram positivo para o patógeno da mesma família do ebola, na região de Kagera, no Noroeste da Tanzânia. Destes, cinco morreram, uma taxa de letalidade de aproximadamente 63%.
Além da Tanzânia, a Guiné Equatorial registrou o vírus no país, enquanto Gana identificou o patógeno pela primeira vez já no ano passado.
Segundo autoridades de saúde, a preocupação com o vírus em países africanos se dá pela gravidade da infecção e por não haver vacinas e medicamentos aprovados para prevenir ou tratar a doença.
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Enquanto isso, os três casos sobreviventes na Tanzânia estão recebendo atendimento médico em centros hospitalares. Os sintomas apresentados nos pacientes em questão foram: febre, vômito, sangramento por diferentes orifícios e insuficiência renal.
Por conta das confirmações, de 161 contatos próximos aos infectados foram identificados e estão sendo monitorados pelas autoridades de saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) enviou um time emergencial de especialistas para a região de Kagera.
Para o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África (Africa CDC), um dos pontos de alerta é a área onde os casos foram confirmados, já que existe a fronteira com três outros países: Uganda, Ruanda e Burundi.
O que é o Vírus de Marbug?
Vírus raro da família Filoviridae, o Marbug causa uma espécie de febre hemorrágica. Segundo a OMS, os sintomas começam de forma abrupta, com altas temperaturas e mal-estar intenso.
A transmissão ocorre, comumente, por meio de morcegos frugívoros, que se alimentam de frutas. A contaminação dos humanos é pelo contato direto com os fluidos corporais de pessoas contaminadas e por superfícies e materiais infectados.
O vírus foi descoberto nas cidades de Marburg e Frankfurt, na Alemanha, em 1967. Na época, funcionários de laboratórios adoeceram após entrarem em contato com tecidos de macacos infectados que vieram da Uganda.