A Nasa divulgou nesta semana que identificou novos sinais indicando a possibilidade da existência de vida fora da Terra, em um planeta localizado a 120 anos-luz do Sistema Solar. A descoberta foi feita pelo Telescópio Espacial James Webb, que detectou a presença de uma molécula produzida somente a partir de organismos vivos, na atmosfera terrestre. Apesar da evidência, cientistas acreditam ser necessário analisar mais dados para confirmar a hipótese.
No corpo celeste, o equipamento verificou a presença de sulfeto de dimetila (DMS), que sugere origem biológica. Segundo detalhou a agência espacial na segunda-feira (11), o achado soma-se a evidências anteriores que apontam para a possibilidade do exoplaneta, oito vezes maior que a Terra, possuir uma atmosfera rica em hidrogênio e uma superfície oceânica coberta por água. Essas características são comuns em planetas Hycean — categoria que classifica astros provavelmente habitáveis.
As próximas observações do Webb deverão ser capazes de confirmar se o DMS está realmente presente na atmosfera de K2-18 b em níveis significativos.”
Chamado de K2-18 b, ele orbita uma estrela anã fria — menos brilhante e quente que o Sol. Além da molécula, o telescópio também encontrou hidrogênio, dióxido de carbono e metano. Na Terra, a maioria da DMS é emitida por fitoplâncton em ambientes marinhos.
Embora o exoplaneta esteja em uma zona considerada habitável e seja agora conhecido por abrigar moléculas contendo carbono, a Nasa afirma que não significa necessariamente que pode existir formas de vida nele.
Na verdade, o tamanho do astro indica que o seu interior provavelmente contém um grande manto de gelo de alta pressão, como Netuno, mas com uma atmosfera mais fina, rica em hidrogênio, e uma superfície oceânica. Mundos Hycean provavelmente possuem oceanos de água, que podem estar em temperaturas altas e impossibilitar o estado líquido ou ser habitável, por exemplo.
Agora, os cientistas da Nasa planejam explorar os dados e buscar por mais evidências de atividade biológica no K2-18 b.