Redemoinho surge em lagoa em que mina da Braskem se rompeu em Maceió

Especialista afirma que movimento é esperado, já que a mina não se rompeu 100%

Escrito por Redação ,
Área de mineraçao em Maceió
Legenda: Mineração realizada pela Braskem em Maceió ocasionou afundamento do solo na cidade
Foto: AFP

Um redomoinho se formou nesta terça-feira (12) na lagoa Mundaú, no bairro Mutange, em Maceió (AL), região onde está localizada a mina 18 da Braskem, que se rompeu no último domingo (10).

Um vídeo divulgado pela TV Pajuçara mostra o momento em que a ação tem início, por volta das 6h40

Segundo a Defesa Civil de Maceió, a região segue sendo monitorada. “A região afetada pelo rompimento e as demais no entorno dos poços de sal seguem sendo monitoradas 24 horas por dia", ressaltou o coordenador da Defesa Civil Municipal, Abelardo Nobre.

"Reforçamos que o evento se concentrou na mina 18, sem vítimas, já que a área estava desocupada, e o monitoramento não indica comprometimento de minas próximas”, declarou.

Histórico

A instabilidade no solo de Maceió foi causada pela extração de sal-gema do subsolo e ocasionou o afundamento de cinco bairros. Essas localidades foram ou estão sendo parcialmente desocupadas. 

Após a extração do minério, as minas ficaram cheias com um líquido químico que vazou, formando vários desabamentos. Os tremores seriam também relacionados a acomodação do solo, a partir dos deslocamentos no subsolo.

A prefeitura de Maceió e a Baskem fecharam um acordo em julho deste ano, assegurando ao município uma indenização de R$ 1,7 bilhão por conta do afundamento dos bairros. O caso teve início em 2018, data do primeiro tremor ocorrido, e prejudicou mais de 60 mil moradores.

De acordo com o órgão, os recursos serão destinados à realização de obras estruturantes na cidade e à criação do Fundo de Amparo aos Moradores (FAM).

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