Policial penal atira contra viatura descaracterizada da Polícia Civil que saía de presídio no Ceará

A Polícia Civil e a Controladoria Geral de Disciplina irão investigar o caso

Escrito por Messias Borges e Emanoela Campelo de Melo , seguranca@svm.com.br
Existe a suspeita de que o policial penal teria pensado que a viatura - por estar descaracterizada - seria um carro de detentos em fuga
Legenda: Existe a suspeita de que o policial penal teria pensado que a viatura - por estar descaracterizada - seria um carro de detentos em fuga
Foto: Natinho Rodrigues

Um policial penal é suspeito de atirar com uma bala de borracha contra uma viatura descaracterizada da Polícia Civil do Ceará (PCCE), que saía de um presídio em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), na última segunda-feira (12).

A Polícia Civil confirmou a ocorrência e informou que "o agente foi conduzido para uma unidade policial, onde um inquérito foi instaurado por disparo de arma de fogo". A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) irá investigar o caso na esfera administrativa.

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Segundo a PCCE, policiais civis, na posse de uma viatura descaracterizada, tinham se deslocado a uma unidade prisional para ouvir um detento em uma investigação. Ao chegar no presídio, os investigadores teriam se identificado e seguido para obter o depoimento.

"Na saída, a equipe passou pela cancela, seguindo procedimento de praxe, e ao chegar na BR 116 a viatura foi surpreendida por um policial penal da Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP), com disparos de alerta com armamento não letal e munição de elastômero (bala de borracha). Ninguém ficou ferido", narrou a Polícia Civil, em nota.

A reportagem apurou, com fonte do Sistema Penitenciário, que existe a suspeita de que o policial penal teria pensado que a viatura - por estar descaracterizada - seria um carro de detentos em fuga.

A Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização foi procurada sobre o caso, mas não enviou resposta até a publicação desta matéria.

Já a diretoria do Sindicato dos Policiais Penais e Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (Sindppen) informou, em nota, que "não foi procurada pelos policiais penais envolvidos no respectivo caso". "Informamos que a assessoria jurídica está disponível para os policiais penais e servidores sindicalizados. A diretoria está buscando se inteirar sobre o respectivo caso", completou.

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