Mais de uma tonelada de cocaína é encontrada sob gelo em embarcação pesqueira no Ceará

Uma carga com 1,2 tonelada de cocaína foi encontrada escondida embaixo de toneladas de gelo no porão de uma embarcação pesqueira, na manhã deste sábado (20), no Porto do Mucuripe, em Fortaleza. Essa é a maior apreensão da substância no ano de 2022, no Ceará. 

As drogas ficaram parcialmente congeladas em razão da forma utilizada para a ocultação. Seis pessoas foram presas. Destas, quatro são do Paraná, uma do Rio de Janeiro e outra de São Paulo. Os detalhes foram repassados, na tarde deste sábado, durante coletiva de imprensa. 

"Para a força de segurança pública do Ceará (SSPDS), essa representa a maior apreensão de cocaína já registrada em todos os tempos", diz o coordenador de Inteligência da Segurança Pública e Defesa do Ceará (SSPDS), Nelson Pimentel, lembrando que, no ano passado, foi apreendida 1 tonelada da substância. 

Para a Polícia Federal, foi a maior apreensão do ano de 2022. No ano passado, a PF apreendeu 1,3 tonelada de cocaína escondida em malas, em um avião particular.

Operação 

Segundo o coordenador de Inteligência da Segurança Pública e Defesa do Ceará (SSPDS), Nelson Pimentel, a embarcação foi monitorada por um mês após movimentações suspeitas. Depois, foi estabelecida a ação para a apreensão, ocorrida em alto mar.

Os suspeitos saíram de Fortaleza com destino a Europa, segundo a investigação. Utilizando o apoio solicitado ao Navio Patrulha Oceânico Araguari, da Marinha do Brasil, os policiais federais prenderam em flagrante o comandante do pesqueiro e cinco tripulantes, conduzidos à sede da PF.

Segundo o órgão, a droga estava acondicionada sob toneladas de gelo no porão da embarcação. Foram apreendidos, além da cocaína e da própria embarcação, celulares, equipamentos e documentos.

As investigações continuam com a análise desse material. Além dos policiais federais do Ceará, a ação contou com a participação de policiais das unidades da PF no Rio Grande do Norte e da Paraíba. 

Prisões 

Os seis presos foram interrogados e indiciados pela Polícia Federal. De acordo com o órgão, eles poderão responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e por integrarem organização criminosa, com penas de até 34 anos de reclusão.

A operação conjunta contou com a Polícia Federal (PF) e a Segurança Pública e Defesa do Ceará (SSPDS). A apreensão decorre de cooperação internacional com a Drug Enforcement Agency (DEA) e com a National Crime Agency (NCA), órgãos policiais dos Estados Unidos e Reino Unido, respectivamente.