Família culpa colegas pela morte de inspetor

Escrito por Redação ,
Legenda: LIDUÍNA NORÕES não se conforma com a morte prematura do marido, em serviço
Foto: Fábio Lima
O enterro do inspetor da Polícia Civil Raimundo Gilvan Moura, 44 anos, aconteceu na manhã de ontem, no Cemitério São João Batista, sob um clima de muita revolta e protestos por parte dos familiares. A viúva do inspetor, Liduína Norões de Moura, era a mais inconformada com a maneira como aconteceu a morte do esposo. ‘‘Só pode ter havido omissão por parte dos colegas que estavam com ele. Como dois policiais armados deixam o colega morrer esfaqueado?’’, disse, indignada.

O inspetor era lotado na Delegacia Metropolitana de Aquiraz e, junto o inspetor José Alberto Vieira Júnior e o soldado PM Rodrigues, tinha saído para efetuar a prisão de um homem, que segundo uma denúncia, estava praticando um assalto na localidade de Tapera.

REVOLTA - O momento mais constrangedor da cerimônia de enterro, foi quando o inspetor Alberto Júnior chegou ao cemitério. Ele é apontado pelos familiares como suspeito de omissão de socorro ao colega, no instante de confronto com o Sandro Cajuí Pereira. O inspetor chegou a se aproximar dos parentes e do caixão, mas logo começaram os xingamentos e os insultos por parte dos amigos da família, para que saísse. Constrangido, Alberto ficou do lado de fora do cemitério.

O policial se diz inocente e já chegou a dar declarações na Imprensa, dizendo que não teve culpa no episódio. De acordo com familiares, a viúva do inspetor, Liduína Moura, pedirá abertura de sindicância para apurar a responsabilidade dos outros policiais na morte de Gilvan. Uma das contestações dos parentes é que os policiais que estavam com o inspetor Gilvan, informaram que houve 12 disparos, mas só um tiro atingiu o braço de Sandro Cajuí.

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpoci), Weudo Queiroz, falou durante o enterro do colega, pedindo melhores condições de trabalho para os servidores e reclamando da falta de assistência do Governo.

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