Acusados pela Chacina do Benfica vão a júri popular em novembro

O tiroteio aconteceu na noite de 9 de março do ano passado. Sete pessoas morreram e três ficaram feridas. Um ano e oito meses depois, o júri popular será realizado em dois dias, devido à complexidade do caso, segundo o TJCE

Escrito por Redação , seguranca@verdesmares.com.br
Legenda: Sete pessoas foram mortas em três locais do bairro Benfica, na noite de 9 de março de 2018
Foto: FOTO: KLÉBER A. GONÇALVES

Um ano e oito meses depois, os três acusados de participarem das mortes de sete pessoas irão a júri popular. Douglas Matias da Silva, Francisco Elisson Chaves de Souza e Stefferson Mateus Rodrigues Fernandes foram pronunciados pela Justiça Estadual, após denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), pela matança ocorrida na noite de 9 de março de 2018, em Fortaleza. O episódio ficou conhecido como Chacina do Benfica.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), o trio será submetido ao júri nos dias 6 e 7 de novembro deste ano. O Tribunal explica que o julgamento será dividido em dois dias devido à quantidade de réus e de vítimas e pela complexidade do caso. O processo sobre a Chacina do Benfica - que tramita sob sigilo - faz parte do programa Tempo de Justiça, que visa acelerar julgamentos de homicídios.

Em agosto deste ano, o Diário do Nordeste adiantou que as penas dos acusados de envolvimento na Chacina podem ser diferentes. Douglas Matias e Stefferson Fernandes podem ser condenados até a 284 anos e 8 meses, pelas mortes das sete pessoas. Já Francisco Elisson pode receber pena de até 164 anos e 8 meses de reclusão, caso o júri concorde com a denúncia do MPCE.O trio é acusado por homicídio, homicídio tentado e organização criminosa.

Conforme as investigações, os três homens seriam vinculados à facção criminosa Guardiões do Estado (GDE). E a disputa entre este grupo e o Comando Vermelho (CV) teria motivado a matança. No entanto, a maior parte das vítimas não tinha antecedentes criminais.

Foram mortos, na Chacina do Benfica: José Gilmar de Oliveira Júnior, Antônio Igor Moreira e Silva, Joaquim Vieira de Lucena Neto, Adenilton da Silva Ferreira, Carlos Victor Meneses Barros, Pedro Braga Barroso Neto e Emilson Bandeira de Melo Júnior. Outras três pessoas foram alvejadas, mas sobreviveram.

Ficha extensa

Douglas Matias da Silva e Francisco Elisson Chaves de Sousa têm fichas criminais extensas. Já neste mês de outubro, a dupla foi condenada por outro homicídio. No dia 15 último, o Conselho de Sentença da 5ª Vara do Júri de Fortaleza decidiu que Douglas e Elisson devem cumprir 34 e 21 anos de prisão, respectivamente, pela morte de uma adolescente de 12 anos e pela tentativa de homicídio contra outras duas pessoas, no bairro José Bonifácio, em Fortaleza, no dia 18 de outubro de 2018 (após a Chacina do Benfica).

O TJCE destacou que Douglas Matias está incluso no programa Movimento de Apoio ao Sistema Prisional (Masp), "que concentra esforços para julgar réus multidenunciados que tenham cinco ou mais ações penais em tramitação".

No dia 21 de outubro último, a Justiça decidiu pronunciar Douglas por outro homicídio. Conforme a decisão judicial, o réu deve ir a júri popular pelo assassinato de Guilherme Renan Alves Figueredo Delane, em agosto de 2017, também na Praça da Gentilândia - mesmo local que viria a acontecer a Chacina.

O trio acusado de participar da matança que ficou conhecida como Chacina do Benfica vai a júri popular nos próximos dias 6 e 7 de novembro. O crime aconteceu em março de 2018

 

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