Acusado de matar a modelo era fugitivo

Escrito por Redação ,
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O comerciante Jocicley Braga de Moura, de 25 anos, principal suspeito de matar a modelo Vaniele Sousa de Albuquerque Paula, de 22 anos, de quem era namorado, já responde por outros crimes no Norte do país. A descoberta foi feita em investigações do Departamento de Polícia Especializada (DPE), da Polícia Civil do Ceará.

De acordo com o titular do DPE, delegado Jairo Pequeno, Jocicley Braga foi condenado a oito anos e seis meses de prisão em regime fechado em Manaus, por tráfico de drogas e tem mandado de prisão decretado. Além disso, junto com um irmão já falecido, está envolvido num homicídio em Belém.

“Se não bastasse, Jocicley também está sendo investigado pela Polícia Federal no Ceará, por envolvimento com lavagem de dinheiro”, disse Jairo Pequeno, lembrando que o comerciante utilizava carteira de motorista falsa, sem contar as duas identidades encontradas nos pertences da modelo Vaniele Albuquerque. Para se ter uma idéia, o nome da mãe de Jocicley está grafado diferente na carteira de motorista e no mandado de prisão. Num é Irene Braga de Moura. Noutro é Edna Feitosa do Nascimento.

A Polícia do Amazonas já manifestou interesse na transferência de Jocicley Braga para Manaus. Contudo, conforme Jairo Pequeno, isto só poderá acontecer após a conclusão das investigações sobre o assassinato da modelo cearense.

O inquérito está sob a responsabilidade da Delegacia da Mulher, que tem como titular Bianca de Oliveira Araújo. Ela não descarta a hipótese de realizar uma reconstituição do crime. Vaniele morreu na tarde do domingo, dia 30 de setembro, no Frotinha de Parangaba. Ela foi deixada seminua no hospital por Jocicley . Os médicos constataram esganadura.

Dias depois do crime, o comerciante apresentou-se à Polícia, acompanhado dos advogados. Ele se encontra preso na sede da Superintendência da Polícia Civil, no Centro de Fortaleza. A Justiça decretou a prisão temporária de Jocicley pelo prazo de 30 dias.

O comerciante nega ter matado a modelo. Ele conta que quando chegou ao apartamento, no Mondubim, a vítima já estava agonizando. Então, ele a teria levado para o hospital. Mas, desapareceu dali e somente foi identificado após a Polícia checar a placa da caminhonete que o acusado utilizou para conduzir a garota ao hospital de emergência.

Depoimentos

A Polícia já ouviu familiares da garota assassinada, bem como outras pessoas que foram arroladas como testemunhas do caso. O laudo do exame de necropsia, realizado pelos legistas do Instituto Médico Legal (IML), está sendo finalizado e será anexado ao inquérito instaurado pela Delegacia da Mulher.
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