Michelle Bolsonaro falta solenidade de entrega de título de cidadã fortalezense e envia Damares

O presidente da Câmara Municipal disse que não foi informado sobre o motivo do cancelamento

Escrito por Letícia Lima ,
Legenda: A primeira-dama do país, Michelle Bolsonaro, ao lado do presidente da República, Jair Bolsonaro
Foto: Marcos Corrêa/PR

A primeira-dama do país, Michelle Bolsonaro, desmarcou, de última hora, viagem para a Capital cearense, nesta segunda-feira (24), para receber, da Câmara Municipal, o título de cidadã fortalezense. A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, representou Michelle no evento, realizado na tarde desta segunda-feira (24) no Colégio Militar de Fortaleza.

A solenidade foi exclusiva para convidados. Segundo a assessoria da Câmara Municipal, foi opção do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos realizar uma cerimônia fechada. Ao todo, 29 vereadores assinaram a proposta de entrega da comenda.

O título, proposto pela vereadora, Priscila Costa (PRTB), estava sob impasses na véspera de ser entregueIsso porque os detalhes da solenidade já tinham sido acertados entre o cerimonial da Câmara e equipe da primeira-dama, no sábado passado (22), mas, neste domingo, a assessoria de Michelle Bolsonaro suspendeu a vinda dela a Fortaleza.

Presidente da Câmara Municipal, o vereador Antônio Henrique (PDT) disse não ter sido informado sobre o motivo do cancelamento. Procurada, a assessoria de imprensa da primeira-dama disse que o cancelamento da participação na solenidade se deu por problemas de ordem pessoal.

Dilma Rousseff e Comissão da Anistia

Durante a manhã, durante inauguração do Programa Viver no Centro-Dia de Referência para Pessoas Idosas do Município, na Barra do Ceará, Damares falou à imprensa sobre o pedido de indenização de Dilma Rousseff, por ter sido perseguida e torturada durante o Regime Militar, que deve ter a palavra final da ministra após análise da Comissão da Anistia na próxima quarta-feira (26). "Vou conhecer a fundamentação e as razões do julgamento, e aí eu tomo a decisão final. Se ela tiver direito, ela vai ser contemplada", garantiu. 

Protocolado em 2002, o pedido de indenização Dilma foi suspenso a pedido da própria ex-presidente, enquanto ocupou cargos de ministra e chefe do Executivo. Em 2016, depois do impeachment, ela recorreu para que o pedido voltasse a tramitar. Damares lembrou que, posteriormente, um pedido do ex-presidente Lula também será avaliado. A ministra garantiu isenção na análise do pleito. "Nessa Comissão, não tem nenhuma ideologia política. Eu lamento que agora eu vou estar analisando requerimentos de 2009. Eu lamento que essa Comissão não deu atenção aos idosos que estão lá", protestou.

 

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