O diagnóstico de câncer na pandemia

Escrito por Roberto Furlani , roberto_furlani@hotmail.com

A pandemia impactou os sistemas de saúde em escala global, de forma mais intensa no terceiro mundo. Os procedimentos eletivos, incluindo o rastreamento de câncer, foram suspensos pela necessidade de priorização das urgências e redução do risco de disseminação viral. No entanto, o câncer persiste como a segunda causa de mortes no mundo. No Brasil, são 650 mil novos casos por ano.

Estima-se que ao menos 100 mil brasileiros deixaram de ser diagnosticados devido a não realização de exames. Há índices preocupantes de adiamento de cirurgias e de exames, o que afeta diretamente as chances de cura. Cerca de 150 mil cirurgias de câncer não foram realizadas. Foi gerada grande demanda reprimida e retardo no tratamento destes pacientes que serão tratados com estádio mais avançado, além dos que já estavam com o diagnóstico oncológico e tiveram seus tratamentos postergados.  

À medida que a pandemia evolui, persistem incertezas que desafiam a tomada de decisão de gestores e profissionais de saúde, pois as restrições começam a diminuir e os serviços de saúde passam a avaliar se devem voltar a oferecer procedimentos eletivos.  

É aconselhável avaliar individualmente o risco de adiamento dos exames e o de contágio viral. É imprescindível a adesão às diretrizes vigentes em relação à população-alvo e à periodicidade de exames, os quais quando feitos em excesso, ou com sua realização inadequada, contribuem para gastos desnecessários e resultados falso-positivos, trazendo mais risco do que benefícios.

Neste sentido, mesmo com as limitações de mobilidade impostas, é urgente que todos tenham acesso aos exames adequados e que possam realizar avaliação e procedimentos especializados. São medidas que impactam de forma global na saúde e na possibilidade de aumento da sobrevida, quiçá da cura. 

A clínica NOHC oferece à população estrutura de ponta e profissionais especializados na condução de pacientes em todas as fases da doença, desde o diagnóstico até os mais modernos tratamentos, com abordagem humanizada e multidisciplinar. Não houve interrupção do atendimento em nenhum momento da pandemia de Covid-19, e os protocolos sanitários são cumpridos rigorosamente.

Roberto Furlani 
Oncologista

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