Novos rumos partidários

Escrito por Mauro Benevides ,
Jornalista e senador constituinte
Legenda: Jornalista e senador constituinte

Os partidos políticos encontram-se em plena mobilização, promovendo ajustes com vistas às eleições do ano que se avizinha, quando deveremos nos deparar com disputas acirradas, sobretudo nas capitais, onde costumam concorrer lideranças de maior visibilidade, assim, despertando maior interesse da mídia e de formadores de opinião.

Tais movimentos podem ser exemplificados pelo aguerrido MDB, o mais portentoso de todas as legendas, que no início de outubro passado renovou a Executiva Nacional, reconduzindo para mais uma gestão à frete da sigla o deputado federal Baleia Rossi, de São Paulo.

Agora, foi a vez de o PSDB que, após inúmeros desencontros – com idas e voltas – entre membros de seu Diretório, chegou a um consenso para a definição de quem comandará as articulações visando à próxima competição, elegendo presidente nacional o ex-senador goiano Marconi Pirillo, que já governou o seu Estado por dois mandatos.

Afora essas, outras facções de menor evidência também procurarão se fortalecer numericamente, tendo em vista o pleito, todas aguardando alterações mais substanciais quando março chegar, no prazo de 30 dias estipulado pela Justiça Eleitoral, para que candidatos possam migrar de legenda sem correr o risco de perder o mandato que ora exerce.

Outro fato comentado em relação à pugna do ano vindouro é que, considerando-se os acontecimentos ensejados pelo pleito geral de 2022, os comandos das agremiações já trabalham intramuros – talvez, nem tanto! –, com as vistas focadas mais à frente, ou seja, na eleição de 2026, desde já, cada ação servindo de teste para nomes capazes de enfrentar uma possível tentativa de reeleição do presidente Lula da Silva, ou de quem ele vier a indicar para concorrer ao posto.

Certamente, tentando situar-se entre os maiores, todos deverão investir em campanha maciça de novas adesões, uma vez que, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral-TSE, mesmo o Brasil contando com cerca de 30 siglas registradas naquela Corte, o número de filiados chega apenas 15 milhões e 800 mil, representando pouco mais de 10% dos eleitores brasileiros.

Nesse contexto, seria o caso de repisar o conhecido adágio: “quem for podre que se quebre...”.

Mauro Benevides é jornalista e senador constituinte

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Gonzaga Mota
26 de Julho de 2024
Jornalista e senador constituinte
Mauro Benevides
25 de Julho de 2024
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