Gol aos 45 e não estou falando de futebol

Escrito por Bruno Ferreira ,
Bruno Ferreira é uro-oncologista, especialista em cirurgia robótica
Legenda: Bruno Ferreira é uro-oncologista, especialista em cirurgia robótica

Duas doenças que abrem caminhos para diversas outras: diabetes e hipertensão. Pode parecer clichê falar sobre esse assunto, as “doenças silenciosas”. Assim são classificadas até falarem alto e se expressarem em outras condições, uma delas é unânime, incômoda a todos os homens: disfunção erétil.

Ao contrário do que muitos pensam, este não é um problema exclusivamente relacionado à idade ou ao desgaste físico, mas pode estar diretamente ligado a condições de saúde subjacentes.

Diabetes e hipertensão são condições crônicas que podem ter um impacto significativo na saúde geral do indivíduo. No entanto, muitas vezes, as pessoas não percebem que essas condições também podem afetar a função erétil. A disfunção erétil ocorre quando há dificuldade em obter ou manter uma ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória.

A relação entre diabetes, hipertensão e disfunção erétil está bem estabelecida. A diabetes, por exemplo, pode danificar os nervos e os vasos sanguíneos responsáveis pela ereção, dificultando o fluxo sanguíneo para o pênis. Da mesma forma, a hipertensão pode causar danos aos vasos sanguíneos, reduzindo o fluxo sanguíneo para o pênis e dificultando a obtenção de uma ereção.

É importante que os homens estejam cientes dessa relação e compreendam que a disfunção erétil pode ser um sinal de alerta para outros problemas. Muitas vezes, essas doenças são  ignoradas. Será que continuariam tratando desta forma se soubessem que a vida sexual está em jogo?

Felizmente, se este é um jogo, a disfunção não é o apito final. Metaforicamente, podemos dizer que é o fim do primeiro tempo, momento de estabelecer as estratégias, fazer substituições de hábitos e, com empenho e dedicação, virar o jogo. Existem medidas que podem ser tomadas para prevenir ou gerenciar essas condições. Além do tratamento específico, adotar um estilo de vida saudável faz grande diferença. Isso inclui manter uma dieta equilibrada, praticar atividade física regularmente, controlar o peso e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.

Apesar de parecer algo que é escutado constantemente, é pouco e - cada vez menos - praticado. Os remédios são fundamentais, os tratamentos medicamentosos, as idas regulares ao urologista e ao cardiologista, mas a rotina, o dia-a-dia e a vontade de trazer obstáculos aos adversários (doenças) são a carta na manga que vai impedir que o seu time leve um gol nos 45 do segundo tempo e falhe na hora que você mais precisa.

Se ilude quem pensa que as doenças crônicas trazem problemas “apenas” cardiovasculares. Autoestima, psicológico e saúde do homem, também são aspectos diretamente impactados.

Bruno Ferreira é uro-oncologista, especialista em cirurgia robótica
 

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