A indústria e o varejo de alimentos no combate à insegurança alimentar

Escrito por Alexandre Vasserman ,
Alexandre Vasserman é CEO da Infineat
Legenda: Alexandre Vasserman é CEO da Infineat

 Um aumento vertiginoso nos preços dos alimentos e os pratos dos brasileiros cada vez mais vazios marcam a escalada da fome no país, que já foi referência mundial em programas de combate à insegurança alimentar. Dados do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, divulgado no final de 2022, apontam que mais de 33 milhões de pessoas não tem o que comer. O relatório também mostra que 58,7% da população brasileira enfrenta graus variados de insegurança alimentar, retrocedendo aos níveis da década de 1990. 

O tema tem se destacado no debate público, uma vez que engloba o desmonte de políticas públicas, crise econômica e os efeitos da pandemia, que agravaram ainda mais as desigualdades sociais e, consequentemente, a fome no país.  Diante da missão de erradicar a fome, surge a necessidade da criação de iniciativas em benefício das populações em situação de vulnerabilidade.  

Atores privados do setor alimentício tem a oportunidade de tomar protagonismo e fortalecer o combate à insegurança alimentar. Iniciativas tem surgido em prol de um novo equilíbrio para o sistema alimentar, com uma gestão eficiente do desperdício para indústrias, redes de supermercados e varejistas e afins, a fim de gerar uma economia circular. 

Parte fundamental para a solução deste problema pode ser sanado pelas parcerias entre os setores alimentícios e startups de impacto ESG. Historicamente o setor enfrenta o desafio do desperdício sem soluções eficazes. A contrapartida? Um impacto direto na redução da fome, temática que está relacionada a responsabilidade dessas empresas. 

Conectar varejistas, a indústria, o poder público e as novas soluções tecnológicas do mercado, permite que o desperdício seja transformado em comida na mesa de quem necessita, em todo o país. É preciso adotar novas abordagens para gerar impacto socioambiental e financeiro, ajudando o setor privado com seus problemas, enquanto permite maior acesso à população em maior vulnerabilidade encher os pratos dos brasileiros de comida, e também esperança. 

Alexandre Vasserman é CEO da Infineat

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