Vojvoda lamenta gols perdidos em derrota no Clássico: 'para ganharmos a partida precisamos fazer'

Para Vojvoda, as oportunidades desperdiçadas no jogo variam desde mérito do goleiro do alvinegro, até má sorte e falta de assertividade

Legenda: Para o técnico argentino, as várias chances desperdiçadas por seu time estão impactando os resultados recentes do clube
Foto: Reprod

No segundo Clássico-Rei do ano, o Fortaleza saiu derrotado para o Ceará em jogo da sexta rodada da Copa do Nordeste, na noite desta quarta-feira (20), na Arena Castelão. O técnico do tricolor, Juan Pablo Vojvoda, comentou sobre os diversos gols perdidos pelo Leão e sobre o que ele achou ter sido o diferencial para seu time ter perdido o jogo.

“Começamos a partida e tivemos duas chances muito claras com Kuscevic, que acertou a trave, e com Pikachu. Depois disso acho que o adversário encontrou jogo de segunda bolas e começou a manejar a partida, a partir dessas segundas bolas. No intervalo falamos sobre isso, fizemos uma mudança buscando mais força no meio, mas continuando com os mesmos jogadores. Tivemos nesse segundo tempo quatro chances muito claras, mas o adversário conseguiu fazer o gol, em um rebote de uma bola parada, e saiu com a vitória”, disse.

Segundo Vojvoda, as oportunidades desperdiçadas no jogo variam desde mérito do goleiro do alvinegro, que foi um dos destaques do confronto, até má sorte e falta de assertividade. “Acho que são situações particulares. O tiro livre do Marinho foi mérito do goleiro. A cabeçada de Kuscevic na trave se vai uns centímetros mais baixo seria gol. O lance do Pikachu, que é um jogador que sabe fazer gols, tivemos, talvez, um pouco de má sorte. Mas temos que ter mais assertividade. São situações muito claras que temos desperdiçado, e futebol se ganha com gols. Eles aproveitaram a situação que tiveram e foram mais eficazes que a gente”, contou.

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Quanto ao possível lance de pênalti para o tricolor, Vojvoda disse que não viu o lance, mas revelou ter gostado da arbitragem do potiguar Caio Max Augusto Vieira. “Enquanto ao lance (em que a bola bateu no braço do atacante do Ceará, Pulga), eu vi de fora, mas não analisei. Não temos VAR hoje. Mas a arbitragem foi boa, e dou meus parabéns a arbitragem. Eu perdi e falo bem da arbitragem. Porque a verdade é que foi muito bom”, comentou.

CHANCES DESPERDIÇADAS

Para o técnico argentino, as várias chances desperdiçadas por seu time estão impactando os resultados recentes do clube. Contudo, Vojvoda falou sobre como o time tem conseguido criar chances e como está a confiança em seus comandados.

“Faltam gols. Falta fazer gols. Para ganharmos a partida precisamos fazer gols. Criamos chances de gols, mas não convertemos. Temos um bom time, temos bons jogadores. Confio nos meus jogadores, por mais que a torcida esteja chateada. Vou aceitar as críticas, mas estamos criando as situações de gol, nós chegamos, mas não fazemos os gols que é o mais importante.”
Juan Pablo Vojvoda
Técnico do Fortaleza

“Se temos que cobrar dos jogadores, eu vou cobrar, e vou corrigir como sempre estamos fazendo, da porta para dentro. O primeiro que quer ganhar sou eu. O torcedor sofre a derrota, e eu também”, contou.

MELHORAS E MUDANÇAS

De acordo com Vojvoda, seu time conseguiu melhorar, em relação ao último confronto entre as duas equipes, nas transições — que ele julgou ser a principal característica do Ceará. Porém, as perdas nas “segundas bolas” teriam incomodado o treinador, que tentou fazer mudanças para melhorar esse aspecto durante a partida.

“Achou que melhoramos na pressão alta. Pressionamos bem nos primeiros minutos. Não permitimos que o adversário fizesse transições. É um adversário que joga muito nessas transições, com o Pulga principalmente. Acho que se olharmos toda a partida não sofremos com transição. Mas temos que melhorar essa segunda bola. Não fomos bem nas segundas bolas”, apontou.

Durante a coletiva, o técnico do Leão explicou qual foi seu pensamento para corrigir essas perdas nas “segundas bolas”. Para ele, a entrada do volante Lucas Sasha, no meio-campo do tricolor, ajudou a dar mais presença no setor. “Cauan vinha com uma sequência de jogos alta também. É um bom jogador, mas em um momento nesta partida eu queria ter um volante como Sasha, que é mais um recuperador, e dá uma força no meio”.

O técnico também falou sobre uma outra opção que poderia ter acontecido, mas que não foi sua escolha. “Outra opção era tirar o Machuca e colocar outro volante, mas eu optei por continuar com os mesmos atacantes e substituir o Cauan por um nome mais forte na recuperação como o Sasha, que entrou fez uma boa partida. Acertou a trave, teve um outro remate bom e deu o que precisávamos, quanto a recuperação de bola.”

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*Sob supervisão do editor João Bandeira Neto.